Projeto realiza 1ª cirurgia plástica em vítima de violência doméstica
O projeto Recomeçar busca recuperar a autoestima de mulheres vítimas de violência doméstica
atualizado
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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), em parceria com o Núcleo Judiciário da Mulher (NJM) e a Fundação Instituto para Desenvolvimento do Ensino e Ação Humanitária da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (Fundação IDEAH/SBCP) colocaram em prática, nessa quarta-feira (13/12), o projeto Recomeçar. Foi realizada a 1ª cirurgia plástica em vítima de violência doméstica. A iniciativa busca recuperar a autoestima dessas mulheres.
A paciente é uma mulher, de 44 anos, que em 2019 teve parte do corpo queimado pelo ex-companheiro. O Presidente da Fundação IDEAH, cirurgião Luciano Ornelas Chaves, explica que cinco médicos participaram do procedimento, no revezamento de quatro equipes de cirurgias simultâneas.
“Foi uma cirurgia iluminada e muito importante para essa paciente. Além de sequelas físicas muito graves, ela tem uma sequela emocional, afetiva e de autoestima muito grande. Essa reparação trouxe a possibilidade de uma nova caminhada para a vida dela”, disse.
A juíza Luciana Lopes Rocha, titular do Juizado de Violência Doméstica de Taguatinga, coordenadora do NJM e juíza Auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça, conta que, na primeira ação de avaliações, foram encaminhadas ao projeto 28 mulheres pelos juizados e varas especializadas em violência doméstica no DF.
Deste número, algumas mulheres não tiveram interesse em ser operadas, outras não receberam indicação cirúrgica e duas foram selecionadas para intervenção restauradora. “Contamos com todas e todos para um maior levantamento das vítimas a serem indicadas ao projeto, para atendimento no próximo mutirão, que vai acontecer em março de 2024”, informa.
Os médicos que participam do projeto são voluntários e parte das despesas é custeada pelo SUS. A outra parte é fruto de uma parceria com a rede privada.