Projeto quer obrigar grandes estádios do DF a ter espaço para autistas
Distrital Robério Negreiros protocolou projeto que pretende garantir espaço adequado para pessoas com TEA em estádios e arenas esportivas
atualizado
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Tramita na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) um projeto de lei (PL) que pretende garantir a existência de espaço para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em estádios de futebol. O texto obriga que arenas esportivas da capital do país com capacidade igual ou superior a 5 mil pessoas tenham local reservado e adaptado para esse público.
O PL é do deputado distrital Robério Negreiros (PSD), que detalha como seriam esses espaços. Caso o texto seja aprovado, pessoas com autismo deverão ter acesso a uma sala sensorial, com vagas que devem equivaler a, no mínimo, 0,5% do total reservado para deficientes e sem exceder cinquenta ocupantes por setor.
O local ainda deverá contar com interposição de vidros, que permitam a visibilidade dos eventos e a contenção do som externo, além de fones abafadores de extrema sensibilidade auditiva. Responsáveis ou acompanhantes de pessoas com TEA também teriam garantidos assentos na área.
Outro trecho do texto estabelece treinamentos sobre noções de tratamento pessoal, a respeito de aspectos gerais do autismo, para os profissionais de apoio e da segurança dos estádios e arenas esportivas.
“Muitas vezes, em jogos de futebol, por exemplo, nos momentos em que uma equipe faz gol, os sons ficam mais intensos, devido aos gritos e à maior agitação da torcida. As pessoas com TEA se assustam e têm a necessidade de se locomover até um lugar mais calmo. É importante que os estádios e as arenas esportivas criem um ambiente controlado, mais silencioso e com menos pessoas, em que a pessoa com TEA se sinta segura para a realidade durante o período do jogo”, justifica o deputado no texto do PL.