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Projeto teatral dá esperança a jovens infratoras no DF: “Desafiador”

A ação contará com uma oficina gratuita introdutória ao teatro e amostra pública de resultados, com exposição de produtos artísticos

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O Distrito Federal receberá, nesta sexta-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher, o programa socioeducativo de introdução ao Teatro do Oprimido. O projeto Troca de Experiências Artísticas e Reinserção (TEAR) será realizado dentro da Unidade de Internação Feminina do Gama (UIFG), junto à adolescentes em conflito com a lei, de Redes de Atenção a Saúde (RAS) de Brasília.
1 de 1 O Distrito Federal receberá, nesta sexta-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher, o programa socioeducativo de introdução ao Teatro do Oprimido. O projeto Troca de Experiências Artísticas e Reinserção (TEAR) será realizado dentro da Unidade de Internação Feminina do Gama (UIFG), junto à adolescentes em conflito com a lei, de Redes de Atenção a Saúde (RAS) de Brasília. - Foto: Material cedido ao Metrópoles

O Distrito Federal receberá nesta sexta-feira (8/3) – Dia Internacional da Mulher – o programa socioeducativo de introdução ao Teatro do Oprimido. O projeto Troca de Experiências Artísticas e Reinserção (TEAR) será realizado dentro da Unidade de Internação Feminina do Gama (UIFG), junto às adolescentes em conflito com a lei.

A ação contará com uma oficina gratuita introdutória ao teatro. Após a oficina, será realizada uma amostra pública de resultados.

O TEAR foi feito pelo grupo de teatro Estupenda Trupe, que iniciou sua jornada em 2012, em parceria com a Unidade de Internação de Planaltina (UIP). Na ocasião, a primeira edição atendeu a cerca de 45 internos e 90 pessoas da comunidade de Planaltina, com foco na possibilidade efetiva de reinserção de adolescentes em conflito com a lei à comunidade no momento de seu egresso.

Veja:

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Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), 29% dos jovens envolvidos em ato infracional não tinham sonhos ou projetos de vida quando foram apreendidos. O projeto é uma tentativa de estruturar novas narrativas, num processo de sensibilização e desenvolvimento humano.

Carlos Valença, 37 anos, arte-educador e idealizador do TEAR, diz que é a primeira vez que o projeto é desenvolvido exclusivamente dentro de uma unidade feminina. Segundo ele, os desafios são muito diferentes neste novo ambiente.

“Apesar de estar dentro de uma unidade de internação, são mundos diferentes. É desafiador, mas é muito legal ver como a experiência reverbera diferente entre meninos e meninas”, disse.

Segundo ele, o aprendizado da metodologia do Teatro do Oprimido foi o que deu o pontapé inicial para a ideia.

Teatro do Oprimido

Idealizado por Augusto Boal, a Metodologia do Teatro do Oprimido busca que o espectador ensaie a sua própria revolução sem delegar papéis aos personagens. Desta forma conscientiza-se da sua autonomia diante dos fatos cotidianos, indo em direção à real liberdade de ação, sendo todos “espectadores” e da ação dramática e da própria vida.

Segundo a arte-educadora e idealizadora Beta Rangel, 43, a iniciativa gera uma possibilidade de ressocialização, ajudando a evitar a reincidência ao delito e novo período de privação de liberdade. “A estética do Oprimido busca mexer com a sociedade, então, trabalhar em uma unidade de internação é um lugar muito potente para trocar experiências com pessoas que muitas vezes não são vistas”, explicou.

Após a passagem do TEAR pela UIP, foi informado pela equipe da unidade que alguns participantes do projeto obtiveram maior destaque na escola regular, um deles tendo sido inclusive transferido para o Espaço Conquista, local na unidade destinado aos jovens internos que obtêm excelente comportamento.

Atualmente, o projeto promove o encontro para treinamento e capacitação duas vezes por semana, e conta com três mulheres atendidas na unidade do Gama. As peças teatrais são realizadas na própria unidade de internação após o resultado das oficinas.

“Fazemos a amostra cultural de resultados das oficinas. Muitas vezes apresentamos para visitantes, familiares, ou as demais pessoas que trabalham ou frequentam o local”, finalizou Carlos.

 

 

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