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Programa habitacional: veja onde estão os 80 mil imóveis vagos no DF

Governo pretende ocupar as unidades, principalmente 41 mil residenciais. Intenção é frear o déficit habitacional na capital do país

atualizado

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Ceilândia
1 de 1 Ceilândia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Distrito Federal conta com 79.908 imóveis ociosos, somando unidades comerciais, residenciais, industriais e institucionais. As regiões com o maior número de tetos desocupados são o Plano Piloto, Gama, Ceilândia, Taguatinga e Planaltina. Nesses locais existem, respectivamente, 11.334, 10.271, 7.912, 6.613 e 5.283 edificações vagas.

A intenção do GDF é que essas estruturas passem a integrar programas habitacionais – a exemplo do Aluguel Social – e atendam, pelo menos, parte das 102.984 famílias à espera de um lar próprio.

O mapeamento da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) dos lotes inativos foi produzido a partir da base de dados da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) de 2016. Antes do lançamento do pacote, o governo está revisando a analisando a situação de cada um deles. A Seduh busca um estudo atualizado com informações da Companhia Energética de Brasília (CEB).

Por enquanto, os indicadores da Caesb norteiam o pacote. Considerando a vacância imobiliária relativa por região, cruzando as unidades disponíveis e a vagas, os locais com mais disponibilidade são Gama, SCIA/Estrutural, SIA, Varjão e Vicente Pires. Esses bairros têm, respectivamente, desocupação de 16,45%, 16,26%, 14,20%, 13,86% e 12,13%.

41 mil

Segundo a diretora de Habitação da Seduh, Marília Melo, o plano vai focar inicialmente nos imóveis residenciais sem uso. Juntos, somam 41.027 unidades. No caso dos comerciais (35.240), industriais (1.343) e institucionais (2.298), é preciso resolver impasses jurídicos e técnicos.

Em relação às residências inativas, as regiões com maior disponibilidade de imóveis são Ceilândia (5.452 / foto em destaque), Planaltina (4.095), Taguatinga (3.529), Águas Claras (3.358) e Santa Maria (2.886). Além do aluguel social, essas unidades podem entrar na lista da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab-DF).

Veja algumas linhas de ação do pacote habitacional:

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Famílias nas quais há pessoas com problemas de saúde também ganharão prioridade na fila da casa própria
Governo reforçará linhas para reformas populares em áreas carentes
GDF vai criar abrigos com atendimento especial para pessoas em vulnerabilidade extrema
Programas habitacionais do GDF serão mantidos no pacote
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Novo pacote habitacional do DF vai priorizar mulheres vítimas de violência doméstica

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Famílias nas quais há pessoas com problemas de saúde também ganharão prioridade na fila da casa própria

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Governo reforçará linhas para reformas populares em áreas carentes

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GDF vai criar abrigos com atendimento especial para pessoas em vulnerabilidade extrema

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Programas habitacionais do GDF serão mantidos no pacote

Gustavo Moreno/especial Metrópoles

 

Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Brazlândia, Sol Nascente e Pôr do Sol. Essas cidades somam 34,9% do déficit habitacional total do DF.

Dois cenários

A Seduh avalia dois cenários para a oferta. No primeiro, o governo lançaria um chamamento público para convocar os locatários. O Estado bancaria parte do aluguel e, em casos de inadimplência, garantiria os pagamentos por um período. No segundo, disponibilizaria o parque imobiliário próprio da Codhab.

A linha de ação seria acompanhada pela criação de um fundo garantidor a fim de assegurar o respaldo em casos de inadimplência. Segundo a diretora, o Executivo terá um limite para o atraso dos pagamentos às famílias contempladas. Mas a regra ainda não foi estabelecida.

O pacote habitacional inclui diversas ações, confira a lista:

Zoneamento inclusivo – Novos empreendimentos ou unidades reabilitadas perto de linhas de transporte público, a exemplo do Metrô, ganhariam incentivos fiscais para destinar parte dos imóveis para programas de habitação.

Recuperação de prédios em construção abandonados – O governo pretende recuperar essas unidades.

Prioridade na fila dos programas habitacionais para as mulheres vítimas de violência doméstica – O projeto oferecerá capacitação voltada ao mercado de trabalho, além de uma rede de proteção. Serão contempladas mulheres com renda entre zero e cinco salários mínimos.

Linha especial para famílias vulneráveis  que tenham pelo menos um integrante com doença mental – A faixa salarial beneficiada será de zero a três salários mínimos. Nesses casos, o comprometimento do orçamento dos contemplados não poderá ultrapassar 15% da renda.

Moradia digna – Oferta dos programas de assistência e melhoria habitacional junto a lotes urbanizados.

Autogestão da moradia – Organização de mutirão com assistência técnica junto à população.

Grupos prioritários – Além das mulheres, haverá atendimento prioritário a idosos, imigrantes, refugiados, povos indígenas e egressos do sistema prisional.

Pequenas reformas – O governo vai intensificar os programas de ajuda técnica e de custo para pequenas reformas nos domicílios de famílias carentes.

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