Programa do TJ leva educação jurídica acessível para comunidades do DF
O “Justiça Comunitária” completou aniversário nessa quinta-feira. Para comemorar, TJDFT lançou livro sobre um dos projetos do programa
atualizado
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O Programa Justiça Comunitária (PJC) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), coordenado pelas Juízas Gláucia Foley e Caroline Santos Lima, completou 22 anos e festejou a data nessa quinta-feira (29/9), com o lançamento do livro “Vozes da Paz – Uma Experiência de Mediação Comunitária nas Escolas”. O evento ocorreu no Auditório Ministro Sepúlveda Pertence, localizado no térreo do Bloco A do Fórum de Brasília.
Organizado pela Juíza Gláucia Foley, Thais Cruz Andreozzi e Cláudio Marcos Monteiro Benício, o livro contou com a participação de professores, servidores e agentes comunitários.
Já o programa Vozes da Paz, idealizado em 2012, tem como principal objetivo contribuir para a construção da cultura de paz, por meio da democratização do espaço escolar e do incentivo à promoção de espaços de diálogo. O projeto realiza atividades que buscam envolver todos os segmentos do universo escolar, alunos, professores, diretores, funcionários e pais, para que encontrem alternativas para solucionar os conflitos que emergem na comunidade, bem como no interior ou arredores do estabelecimento educacional.
“Vozes da Paz” é um projeto itinerante desenvolvido pelo Programa Justiça Comunitária do TJDFT e conta com parceiros como a Secretaria de Educação, por meio da Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (PNUD/ONU).
Veja imagens do evento nessa quinta:
Programa Justiça Comunitária
O Programa Justiça Comunitária atua por meio de uma equipe interdisciplinar de servidores do TJDFT e de voluntários que integram a própria comunidade – chamados Agentes Comunitários de Justiça e Cidadania.
“Os agentes comunitários fazem um curso de três anos e, por meio dessa formação, eles desenvolvem habilidades para mediação de conflitos; educação por direitos humanos; e articulação de redes sociais, que é uma forma da comunidade mapear a si própria, poder identificar onde há problemas, quais são e sobretudo trilhar caminhos de superação desse problemas”, explica a juíza Gláucia Foley.
O Justiça Comunitária atua, ainda, na educação para os direitos, com o propósito de informar à população, “traduzindo” a linguagem jurídica. Além disso, os voluntários do PJC participam da animação de rede sociais, por meio da articulação de vários setores da sociedade com vista ao bem comum.
Atualmente, o Justiça Comunitária tem enfoque em três projetos especiais: Vozes da Paz (promoção de cultura de paz em escolas públicas), Ubuntu (combate ao racismo) e Dores e Delícias de Ser Mulher (igualdade de gênero).
O Programa foi o vencedor da 2ª edição do Prêmio Innovare em 2005, na categoria Tribunal de Justiça, e tem sido apontado como referência nacional pelo Ministério da Justiça.