Programa busca estimular adoção de crianças e adolescentes no DF
Programa de adoção “Em Busca de um Lar” busca apresentar quem espera por um novo lar para além de um perfil limitado à idade
atualizado
Compartilhar notícia
No Distrito Federal, há cerca de cinco famílias para cada criança e adolescente que aguarda por adoção. Na tentativa de sensibilizar possíveis novos pais, a Vara da Infância e da Juventude (VIJ-DF) do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) lançou o programa Em Busca de um Lar.
A iniciativa divulgará perfis menos buscados pelos interessados em adotar: crianças com idade mais avançada, grupos de irmãos numerosos e pessoas com deficiência ou graves problemas de saúde.
O programa busca apresentar quem espera por um novo lar e propiciar o protagonismo de crianças e adolescentes aptos para adoção.
De um lado, 40 meninos e meninas, de um total de 85 no cadastro local de adoção, têm mais de 12 anos. De outro, apenas 2% das 543 famílias atualmente habilitadas para o processo aceitam acolher crianças com mais de 3.
Se você está habilitado para adotar e deseja saber mais sobre o programa, entre em contato com a VIJ-DF pelo WhatsApp (61 992-727-849) ou por e-mail (embuscadeumlar.vij@tjdft.jus.br).
Caso tenha interesse em se habilitar para o processo ou saber como fazer parte, basta acessar o site do TJDFT.
Conheça alguns jovens à espera de um lar
David, 16, é um adolescente sorridente, apaixonado por esportes e que sonha ter uma família. Ele espera um lar com pessoas com quem possa conversar e onde receba atenção. O jovem é carismático, divertido, sensível e carinhoso. Também gosta de jogos de tabuleiro ou cartas, de mexer no celular e assistir a filmes. No futuro, pretende estudar administração, ser policial ou entrar para o Exército.
Vitória, 13, sonha com uma família carinhosa e alegre. A adolescente é descrita como amorosa, caprichosa no que faz e obediente. Quando crescer, quer ser policial. Nos momentos de lazer, gosta de escutar música, ler, ficar no computador e praticar esportes, principalmente vôlei e queimada. A jovem tem uma deficiência intelectual diagnosticada, o que gera dificuldade de compreensão em algumas ocasiões se comparada a jovens da mesma idade.
Para Leandro, 16 anos, quando questionado sobre sonhos, ele responde com dois: ser jogador de futebol e, o mais importante pra ele, ter uma família. A família dos sonhos para o adolescente não tem uma configuração exata. Ele é fã de futebol, gosta de assistir filmes — especialmente de ação e terror — passear e jogar no celular.
Já Yasmin, 12, quer uma família que seja amorosa. Ela se imagina voltando da escola e encontrando os pais. Quem a conhece a descreve como carinhosa. A garota gosta de ir à escola, brincar de boneca, andar de bicicleta, dançar e ouvir música. Também aproveita seu tempo livre para assistir TV e ver filmes, especialmente de terror e os que a façam rir. Quando crescer, pensa em ser médica. Ela tem diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), problemas relacionados com o meio social e eventos negativos na infância, além de retardo mental leve, o que lhe causa defasagem no estudo e no entendimento.