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Professores do Colégio Militar de Brasília são contra plano de volta às aulas

Sindicato que representa categoria defendeu que plano apresentado pelo comando deixa a desejar e gera insegurança entre docentes

atualizado

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1 de 1 colégio militar - Foto: Internet/Reprodução

O corpo docente Colégio Militar de Brasília (CMB) se posicionou, nessa quinta-feira (17/9), de maneira contrária ao retorno das atividades presenciais conforme plano apresentado pelo comando da unidade educacional.

Em nota, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais de Educação Básica, Profissional e Tecnológica Seção Sindical do Colégio Militar de Brasília afirmou que o protocolo apresenta, de forma vaga e genérica, a “obediência a todos os protocolos sanitários “sem nunca detalhá-los ou submetê-los ao escrutínio de docentes, estudantes e responsáveis”.

A entidade defende, ainda, que o plano não prevê a testagem dos alunos, docentes e servidores. “Tampouco menciona a previsão de que as aulas presenciais ocorrerão nos grandes salões, reunindo até 105 estudantes no mesmo ambiente e ampliando o risco de contágio, o que contraria normas de segurança e vai de encontro aos diversos trabalhos científicos divulgados até o momento”, critica.

Outro ponto levantado pelo sindicato seria o baixo efetivo no corpo docente. “O número de professores em trabalho presencial não é suficiente para efetivar os planos de retorno dos alunos ao colégio”.

Os representantes da categoria classificaram o plano de retomada das atividades como “insuficiente” e “pouco transparente”.

A data escolhida para retorno também não agradou os profissionais de educação. O calendário estaria, segundo a entidade, em desacordo com o cronograma definido em audiência de conciliação no final de agosto.

Risco de contágio

Ainda na nota, a entidade defende que o Colégio Militar de Brasília teria sido o único de todo Distrito Federal a manter as atividades presenciais mesmo durante o ápice da pandemia.

Os representantes dizem terem sido “colocados em risco”. “Houve, no decorrer desse período, suspeitas evidentes de transmissão comunitária dentro do CMB, em que pessoas testaram positivo depois de terem tido contato, dentro da instituição, com outras que também haviam testado positivo”, afirma o sindicato.

Os professores temem que o cenário se agrave com a volta às aulas. “É legítimo temer e construir o raciocínio de que se isso ocorre na ausência de estudantes, quando da retomada das aulas presenciais, esse número se amplificará”.

O Metrópoles tenta contato com a assessoria de imprensa do Colégio Militar de Brasília para comentar o posicionamento do corpo docente. A reportagem também aguarda reposta do Corpo de Bombeiros.

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