Professores de escolas particulares do DF pedem reajuste de 8,5%
Educadores também batalham pelo pagamento dos intervalos e recreios. Caso não seja possível a construção de um acordo, há risco de greve
atualizado
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Professores de escolas particulares do Distrito Federal começaram a campanha salarial para 2023 e 2024 no Distrito Federal. A categoria pede por um reajuste de 8,5%. Além do aumento, os educadores querem passar a receber pelos intervalos e recreios nos colégios. Caso não seja construído um acordo, há risco de uma greve.
“As escolas reajustaram as mensalidades, em média, de 12% em 1º de janeiro. A data-base dos professores é 1 de maio. Elas aumentaram a margem de lucro por quatro meses antes do reajuste. A perspectiva de inflação é 5,5%. Estamos para o 3 anos sem aumento real. Estamos reivindicando a inflação e mais 3% de ganho real. O que dá 8,5%”, explicou diretor jurídico do Sinproep-DF, Rodrigo de Paula.
O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinproep-DF) lançou a campanha na quinta-feira (23/3). A pauta foi entregue ao sindicato patronal. Os educadores farão uma campanha de sensibilização das famílias dos alunos.
“Você tem uma escola belíssima, mas os professores estão recebendo salários baixos com sobrecarga de trabalho, durante e após a pandemia de Covid. A rede particular não parou durante a pandemia, com as aulas a distância”, explicou. Segundo o Sinproep, os educadores não recebem pelos trabalhos realizados em casa.
Intervalos e recreios não são remunerados, mas o Sinproep entrou com ações judiciais reivindicando o pagamento. Em muitos processos têm recebido decisões favoráveis. “Seguiremos firmes e fortes na luta, mesmo em um momento tão difícil em que a categoria vem trabalhando de forma integral e sofrendo uma série de ameaças de redução de carga horária, salário e direitos históricos”, afirmou Rodrigo.
A próxima assembleia está prevista para abril. Sem negociações, haverá indicativo de greve.