Professores da rede pública paralisam nesta 4ª para assembleia geral
Categoria iniciará mobilização para reivindicar reajuste de 19,8%, percentual referente às perdas inflacionárias dos últimos cinco anos
atualizado
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Professores e orientadores educacionais da rede pública de ensino do Distrito Federal farão assembleia geral com paralisação nesta quarta-feira (20/3), às 9h, na área do Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte). No encontro, a categoria dará início às mobilizações pela Campanha Salarial 2024, com reivindicação de reajuste de 19,8%.
A atualização da remuneração é necessária para recuperar as variações decorrentes da inflação no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2023, segundo o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF).
“O percentual de 19,8% repõe as perdas inflacionárias do governo Ibaneis Rocha. Esse índice é imprescindível para que nossa categoria tenha um salário compatível com as necessidades básicas do dia a dia. Há tempos temos um abismo entre o que se ganha e o que se precisa comprar para viver”, destaca Márcia Gilda, uma das diretoras do sindicato.
Neste ano, a campanha salarial da categoria tem como lema “Recompondo perdas. Rumo à meta 17”. O objetivo é mostrar que, paralelamente à cobrança pela recomposição salarial, os educadores exigem o cumprimento da 17ª meta do Plano Distrital de Educação (PDE).
A política prevê a equiparação do vencimento básico de professores à média da remuneração das demais carreiras de servidores públicos do Distrito Federal com nível superior.
Com base em dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), o sindicato destacou que a inflação dos últimos cinco anos ficou em 33,3%. No entanto, o reajuste salarial dos educadores acumulado de abril de 2022 a dezembro de 2023 foi de 11,3%.
Por meio de nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) informou que a participação de professores e orientadores na assembleia geral se dá por decisão individual e que a determinação se haverá aula ou não depende da “situação específica em cada escola”. “A pasta fará o planejamento da reposição e a reorganização do calendário escolar para cumprimento dos 200 dias letivos, de forma a garantir o direito dos estudantes”, completou o órgão.