Professora morre após sofrer parada cardíaca em escola no DF
Corpo de Bombeiros tentou reanimar a docente por 52 minutos, mas ela não respondeu aos procedimentos e teve o óbito confirmado no local
atualizado
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A professora Angélica Ferreira Dulci, 49 anos, que lecionava na rede pública, morreu após sofrer mal súbito, que evoluiu para uma parada cardiorrespiratória, dentro da escola. O incidente ocorreu no Centro de Ensino Fundamental 5, em Taguatinga Sul, por volta das 14h15 desta quarta-feira (28/11).
Emocionada, a diretora da escola, Josália Miquett descreveu a colega de trabalho como alguém alegre e participativa. “Ela cuidava da sala de leitura e desenvolvia projetos voltados para literatura e música. Hoje mesmo ela ensaiou com os alunos para a cantata de Natal, que seria apresentada no dia 7 de dezembro. Ela faria 50 anos nos próximos dias e chegou a comentar com a gente que se aposentaria no ano que vem”, conta a diretora.
As atividades no CEF 5 de Taguatinga Sul foram suspensas nesta quarta e quinta-feira (29). “Não temos condições”, emocionou-se Josália.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para reanimar a docente. Durante 52 minutos, os socorristas fizeram manobras de reanimação, mas não conseguiram fazer com que a mulher reagisse. Às 15h32, ela teve o óbito confirmado por um médico.
Não há informações sobre o que teria causado a fatalidade. De acordo com os bombeiros, quando o socorro chegou ao colégio, Angélica estava acompanhada de outros professores e não havia alunos na sala onde ela estava.
Em uma descrição bem-humorada de si mesma nas redes sociais, Angélica se define como “professora, fonoaudióloga, mãe, avó, contadora, faxineira, cozinheira, psicóloga, ‘pãe’, goleira e atacante, motorista, caixa eletrônico”. “Adoro cantar, dançar, ler, e até às vezes compor algo, mas fazer amigos é o que há de melhor! Ver as coisas pela ótica de outras pessoas… Crescer com eles”, escreveu.
Atestados
Na rede pública de ensino do Distrito Federal, a cada hora, a Secretaria de Educação registra média de duas licenças ou atestados médicos e odontológicos de professores. Segundo a pasta, foram 21,8 mil em 2016, segundo noticiou o Metrópoles no ano passado. Naquele ano, a rede pública tinha quase 29 mil docentes na ativa.
À época, a secretaria não apontou as causas dos afastamentos médicos. Mas, de acordo com o diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro) Samuel Fernandes, pelo menos 70% dos casos envolviam depressão e outros problemas psicológicos.
Cobramos do governo uma política de prevenção que considere as pressões sofridas no dia a dia das escolas. Salas superlotadas, estruturas precárias, indisciplina, ameaças e violência são fatores que provocam uma série de doenças ocupacionais e levam centenas de professores à depressão
Samuel Fernandes, diretor do Sinpro