Professora de história da UnB morre aos 78 anos vítima da Covid no DF
O Departamento de História e o ICH comunicam o falecimento da professora Geralda Dias Aparecida nesse sábado, por complicações da doença
atualizado
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O Departamento de História e o Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade de Brasília (UnB) lamentaram o falecimento da professora Geralda Dias Aparecida, 78 anos, por sequelas da Covid-19, nesse sábado (17/4).
Em nota de pesar publicada, o ICH escreveu que a trajetória acadêmica da professora começou na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde graduou-se em história, em 1969.
Participante ativa do movimento estudantil, Geralda viu-se obrigada a abandonar o mestrado que cursava na UnB e a sair do país durante a ditadura militar. Estabeleceu-se, então, no México, onde fez doutorado no Colégio de México, entre 1973 e 1981, e foi professora titular da Universidade Autônoma Metropolitana de México (UAM), entre 1977 e 1982.
No ano seguinte, de volta ao Brasil, atuou brevemente na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e, em 1985, incorporou-se ao quadro docente do Departamento de História da Universidade de Brasília.
“A atuação acadêmica e administrativa da professora Geralda foi fundamental na reconfiguração de nosso departamento após a ditadura militar, onde, entre outras coisas, criou a área de história da América. Ela foi coordenadora do programa de pós-graduação em história, entre 1985 e 1990, quando o programa passou por importante processo de renovação. Ali, veio a orientar dezenas de dissertações e teses, nas áreas de história da América e do Brasil. Geralda ocupou ainda os cargos de diretora da Casa da Cultura da América Latina (CAL) e diretora do Centro de Documentação da UnB (Cedoc). No rol de importantes trabalhos feitos para a Universidade de Brasília está a condução do processo de anistia de professores da UnB perseguidos pela ditadura. Participou de diversas gestões da ADUnB”, informa trecho do texto.
Ainda segundo a nota, Geralda era alegre, divertida, de espírito libertário, solidária, com grande sentido de pertencimento à latinidade e apaixonada pela docência. “Que possamos nos lembrar dela sempre sorridente e celebrar sua memória por seus contos e feitos”, destacou o ICH.