Professora de creche no Lago Norte testa positivo para variante Delta
Segundo denúncia de pais de alunos, após a confirmação do caso, a escola não foi fechada nem teve os funcionários testados
atualizado
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Uma professora de 38 anos do Centro de Educação da Primeira Infância Gavião, no Lago Norte, testou positivo para a variante Delta da Covid-19, originada na Índia e considerada mais transmissível. Segundo denúncia feita ao Metrópoles por pais de alunos, após a confirmação do caso, nessa segunda-feira (16/8), a escola não foi fechada nem teve seus funcionários testados.
“A escola não foi fechada em nenhum momento nem os funcionários foram testados, conforme indicação do Sinpro-DF (Sindicato dos Professores)”, criticou um dos pais, que preferiu não se identificar.
Localizada entre os lotes A e B do Setor de Habitações Individuais Norte (SHIN), a instituição atende crianças de 4 e 5 anos. A maioria mora no Varjão.
Na manhã desta terça-feira (17/8), a escola emitiu um comunicado aos familiares. “Informamos que uma professora do turno vespertino testou positivo para a variante Delta da Covid-19. O último dia de trabalho presencial foi 11/8, quarta-feira passada. As aulas presenciais foram suspensas desde o dia seguinte. A turma que utiliza a mesma sala no turno contrário permanece no ensino remoto; por isso, não houve necessidade de cancelamento da aula presencial”, diz o comunicado.
O que diz a escola
Procurada pela reportagem, a diretora da creche, Andressa Vieira de Oliveira, se mostrou contra a postura de retorno às aulas presenciais e revelou que, por meio de assembleia, adiou o retorno por quatro dias para preparar o local com tempo mais hábil.
“Construímos protocolos de segurança, recebemos um infectologista, a escola adquiriu EPI apropriado para todos os funcionários, professores, terceirizados e até para as crianças que a família não teria máscara apropriada”, conta.
Segundo a diretora, devido ao protocolo montado, o contato entre pessoas é mínimo na escola. “Mesmo não concordando com o retorno presencial nesse momento, a gente precisou se organizar para minimizar os danos”, explica.
“Fizemos um plano de monitoramento e contingência. Comunicar as famílias e todos os profissionais da escola é uma premissa, para que as pessoas que tiveram contato com a pessoa infectada possa se precaver. Em qualquer caso de sintoma, tanto de criança quanto de adulto na escola, a gente isola essa pessoa e pede que procure por um hospital ou posto de saúde”, destaca Andressa.
No caso da variante Delta, a diretora conta que a professora foi isolada assim que começou a sentir sintomas. “Não foi mais para a escola, e a turma dela foi imediatamente avisada. De lá para cá, nenhuma professora que tenha tido contato com ela apresentou qualquer tipo de sintoma”, ressalta.
A diretora também revelou que a creche não tem como arcar com testes para todos os funcionários; por isso, pede que procurem apoio clínico quando há sintomas. Além disso, pelo fato de o coronavírus não ter sido identificado em outros profissionais, não houve necessidade de interrupção das atividades no momento.
“A gente não tem teste disponível na escola para a testagem de toda a equipe. Nesse caso, como foi na semana passada, e até hoje a gente percebeu que não se alastrou, que não teve um surto, foi um caso isolado, não houve necessidade de suspender a escola inteira”, finaliza Andressa.