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Professor que abusava de aluna foi acusado de assédio em outra escola

Décio Rats foi denunciado por uma estudante de ensino médio quando dava aula na Cidade Ocidental (GO), há mais de 10 anos

atualizado

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1 de 1 decio - Foto: PCDF/Divulgação

O professor Décio Rats Correia, acusado de estuprar uma criança de 11 anos dentro de uma escola em São Sebastião, tem outra acusação de assédio. O Metrópoles conversou com o diretor de um centro de ensino do município goiano de Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal, e descobriu que, na época em que o docente trabalhou no local, há mais de 10 anos, ele foi denunciado por assédio sexual por uma aluna do ensino médio.

De acordo com o diretor, que pediu para não ser identificado, Décio Rats lecionava geografia na instituição e era considerado um bom professor pelos colegas e alunos. No entanto, há cerca de 10 anos, uma estudante de 15 anos teria procurado a direção da escola para relatar “propostas indecentes” feitas pelo educador.

Ela reclamou e nós conversamos com ele, que negou. Não conseguimos comprovar nada. Ficamos acompanhando o caso e, segundo a estudante, não se repetiu. O Décio teria assediado a garota verbalmente. Hoje eu penso que, se não tivéssemos cuidado de perto, o pior poderia ter acontecido

diretor de uma escola em Cidade Ocidental

Seminarista
Ainda de acordo com o diretor da escola da Cidade Ocidental ouvido pela reportagem, Décio Rats Correia contou para ele que durante anos estudou para ser padre. O professor teria largado o seminário para se casar com a atual esposa, com quem tem uma filha de 12 anos.

Responsável pela investigação do recente caso de estupro de vulnerável supostamente cometido pelo docente, o delegado-chefe da 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião), João Guilherme Medeiros Carvalho, revelou que o suspeito afirmou durante depoimento ter sido, inclusive, ordenado padre. No entanto, até agora não existe nenhuma prova de que isso seja verdade.

A reportagem procurou as arquidioceses de Brasília e de Goiás para saber detalhes da suposta vida religiosa de Décio Rats. No entanto, o nome do acusado não consta na relação de sacerdotes que atuaram nas duas regiões.

Entenda o caso
Décio Rats Correia é acusado de aliciar e estuprar uma aluna de 11 anos na escola da rede pública onde lecionava como professor temporário. Décio foi denunciado após a mãe da criança ter encontrado, em um tablet, mensagens que ele teria encaminhado à criança, por meio de uma rede social. Logo depois, a mulher levou o conteúdo para a 30ª DP.

Décio foi investigado durante dois meses e preso no dia 3 de agosto. “No primeiro momento, ele envolveu e aliciou a vítima. Chegou a pedi-la em namoro. Em seguida, começou a praticar atos libidinosos e sexuais com a criança. Tudo na presença de outra menina de 11 anos, que seria ordenada por ele a vigiar os atos”, disse o delegado João Guilherme.

Outro fato chocou até mesmo os policiais. Durante um passeio escolar, o professor teria colocado um casaco sobre o colo da menina para mexer em suas partes íntimas. Os abusos foram comprovados por meio de exame de corpo de delito, feito pelo Instituto Médico Legal (IML), que identificou a ruptura do hímen da criança.

Décio confessa que teve “envolvimento” com a vítima, praticou atos libidinosos, mas nega o ato sexual. Ele está preso preventivamente por estupro de vulnerável e pode ser condenado a até 15 anos de cadeia.

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