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Professor emérito da UnB Onildo João Marini morre aos 82 anos

O educador foi um dos fundadores do curso de geologia da Universidade de Brasília e destacou-se em mapeamento geológico

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Professor emérito da UnB Onildo João Marini
1 de 1 Professor emérito da UnB Onildo João Marini - Foto: Heloíse Corrêa/Secom UnB

A Universidade de Brasília (UnB) lamentou a morte do professor emérito Onildo João Marini, aos 82 anos. Ele estava em tratamento contra um câncer.

Com reconhecida experiência em mapeamento geológico, o professor Marini foi um dos fundadores do curso de geologia da UnB. Também teve atuação fundamental na criação do mestrado em geociências da universidade. Foi duas vezes chefe do Departamento de Geologia e responsável pela criação do Instituto de Geociências, em 1988.

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Professor emérito da UnB Onildo João Marini
UnB é uma das maiores universidades do país
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Rafaela Felicciano/Metrópoles

O pesquisador contribuiu para a formação de gerações de profissionais. Em maio de 2019, recebeu o título de emérito, entregue pela reitora Márcia Abrahão, aluna do curso de geologia.

“Se pudesse voltar no tempo, pouca coisa teria feito diferente. Agradeço aos que viveram e batalharam junto comigo e também aos meus ex-alunos, meu grande orgulho”, disse Marini, no dia da homenagem.

O educador graduou-se em geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Foi professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro, onde cursou o doutorado sob orientação do educador alemão Heinz Ebert. O pós-doutorado foi realizado na Universidade de Western Ontário, no Canadá.

O geólogo trabalhou na Petrobras, na Comissão da Carta Geológica do Paraná, ficando encarregado pela cartografia da Folha Geológica de Araucária.

Na UnB, fez parte do grupo de 223 docentes demitidos, em 1965, durante a ditadura militar. O fato é narrado no livro “A universidade interrompida: 1964-1965”, publicado pela Editora UnB.

Em 1971, ele retornou à instituição, liderando diversas iniciativas e coordenando projetos, como a reestruturação do trabalho final de graduação e a viabilização de convênios com organizações, entre elas o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a Eletronorte. Publicou mais de uma centena de trabalhos científicos.

O filho, Miguel Ângelo Marini, é professor do Departamento de Zoologia, do Instituto de Ciências Biológicas.

O Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP) também publicou nota de pesar.

O sepultamento ocorreu nessa terça-feira (9/11) no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.

Com informações da Universidade de Brasília

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