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Professor é flagrado dando mata-leão e tapa na boca de menino autista

Homem deu tapa na boca de aluno após se irritar com brincadeira, conta a mãe do garoto

atualizado

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agressao
1 de 1 agressao - Foto: Getty Images

Um menino de 8 anos, que vive com Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi agredido por um professor na Escola Classe 512, em Samambaia Sul. O caso aconteceu no início da tarde dessa segunda-feira (10/6).

Mãe da criança, a estudante Jéssica Xavier, 32 anos, contou ao Metrópoles como soube do ocorrido. “A escola entrou em contato comigo ontem [10/6] à tarde, para que eu buscasse meu filho. Chegando lá, o professor me contou o que aconteceu, mas não descreveu a primeira agressão. Depois, vi as imagens e percebi que ele tentou dar um ‘mata-leão’ no meu filho”, relembra.

A “primeira agressão” a qual Jéssica se refere foi um tapa que o educador teria dado na boca do garoto. A câmera de segurança da sala de aula não captou a cena, mas uma monitora que trabalha na escola viu tudo. “O tapa foi fora da sala”, explica a mãe.

Jéssica diz que “entrou em desespero” ao ver as imagens. “Fiquei em choque. Ele é novo na escola e nunca havia passado por algo parecido”. De acordo com ela, o professor não chegou a pedir desculpas pelo ocorrido.

A diretora da escola, o acusado e a mãe do aluno foram à 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul) para registro da ocorrência. Em depoimento, a diretora disse à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que o professor teria se irritado com um brinquedo da criança, que fazia bolinhas de sabão. Ele teria pedido para o garoto guardar e, após negativas, passou a segurar o menino de forma abrupta.

“O professor teria pedido diversas vezes para a criança guardar aquele brinquedo, mas ele não o fez. A partir daí, o professor teria segurado a criança de forma abrupta, a fim de levá-la à orientadora, mas o aluno, em razão de sua condição, ficou agitado e nervoso, quando cuspiu e chutou o professor, que reagiu com um tapa na boca da criança”, diz o boletim de ocorrência.

Apesar do ocorrido, Jéssica afirma que a escola prestou apoio à família. “Eles me deram total apoio e me ajudaram com o registro do boletim de ocorrência e as demais providências. Inclusive, o professor já foi afastado ontem mesmo”, frisa.

Em resposta à reportagem, a Secretaria de Educação informa que “a direção da escola tomou medidas como o afastamento do professor envolvido e a convocação da família do estudante, e também acionou o Conselho Tutelar, que acompanhou a família à delegacia para registrar a ocorrência”. A pasta diz ainda que o professor envolvido foi devolvido, mas que um novo docente assumirá a turma do garoto agredido. Por fim, afirma que irá autuar processo sigiloso e que “repudia veementemente qualquer forma de violência”.

O professor acusado foi procurado pelo Metrópoles, mas não havia retornado as ligações nem respondido as mensagens até última atualização deste texto.

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