Professor da rede pública é preso por matar esposa 14 anos após crime
Igor Azevedo Bomfim foi preso na sexta-feira (15/11), no Guará, 14 anos após matar a esposa a tiros, na Bahia
atualizado
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Igor Azevedo Bomfim, professor temporário da rede pública do Distrito Federal desde 2022, foi preso na última sexta-feira (15/11) acusado de matar a esposa, Mayara de Souza Lisboa. O crime ocorreu há 14 anos, na Bahia. Porém, o mandado de prisão contra o docente só foi publicado este mês. Ele foi encontrado pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) no Guará I.
Segundo o processo no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), Igor foi acusado de executar Mayara, que tinha 22 anos na época, em 2010.
Após discussão entre os dois, em 2 de novembro daquele ano, Mayara havia chamado um amigo para vigiar a casa enquanto ela tomava banho – momento em que Igor “saltou o muro dos fundos da casa e alcançou a vítima no banheiro”. De acordo com o processo judicial, Mayara levou cinco tiros e morreu no local.
O professor temporário virou réu do caso em 2012. Ele passou pelo Tribunal do Júri, mas foi absolvido. A família de Mayara recorreu para que o júri fosse anulado, e Igor passou por novo julgamento, que o condenou a 10 anos, 10 meses e 18 dias, em regime prisional fechado.
A defesa de Igor recorreu, e ele, enquanto isso, aguardava em liberdade. Mas, em novembro deste ano, o processou transitou em julgado, e a Justiça expediu o mandado de prisão.
Professor temporário
De acordo com a família de Mayara, Igor mudou-se para Brasília logo após ter sido absolvido pelo Júri. Na capital federal, trabalhava como temporário na Secretaria de Educação desde, pelo menos, 2022.
A partir de fevereiro de 2024, ele começou a lecionar na Escola Classe 02 do Guará, segundo o Portal de Transparência do GDF.
Procurada, a Secretaria de Educação se posicionou. “O profissional citado pertence aos quadros funcionais de contrato temporário da Secretaria de Educação. No caso de professor que se encontra em regime carcerário, o afastamento é imediato. Com a condenação, o registro será inserido no sistema, impossibilitando futuras convocações como professor substituto”, disse.