Professor atingido por tiro em escola foi vítima de bala perdida, diz PCDF
O trabalho da 15ª DP é identificar de onde veio o disparo, pois não há registros de qualquer briga nas imediações na hora do fato
atualizado
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O professor atingido por um tiro na tarde dessa quinta-feira (9/9), na Escola Classe 10, na QNM 2/4 de Ceilândia foi alvo de uma bala perdida, segundo as investigações da 15ª DP (Ceilândia Centro). O trabalho da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) agora é saber a origem do disparo.
Conforme explica o delegado Konrad Munis, ainda não foi possível identificar de onde poderia ter saído o tiro, visto que não há registro de qualquer briga ou fuga nas imediações da escola em horário próximo ao fato. “Até o momento não foi identificado o fato anterior que tenha levado ao disparo que alvejou o professor. Estamos trabalhando nesse sentido, pois não há registros de crimes, perseguições, fugas, desavenças ou atuação policial nas imediações onde o tiro ocorreu”, diz.
Desta forma, diz o investigador, os esforços são empenhados nesta questão. “A linha de investigação e exatamente no sentido de elucidar a origem do disparo”, pontua.
Professor conta que só ouviu o barulho
O professor baleado na tarde da quinta-feira (9/9), na Escola Classe 10, na QNM 2/4 de Ceilândia, encontra-se consciente e estável. Antes de levar o tiro, o educador configurava os controles para abrir o portão de entrada da escola, quando ouviu um barulho.
“Senti uma dor na coxa e percebi um buraco na calça. Então fiz um movimento com a perna e vi a bala cair no chão. Chamei por socorro por que começou a sangrar muito. Na hora fiquei assustado porque não soube bem o que estava acontecendo”, disse ele. “Ainda bem que não foi nenhuma criança. Graças a Deus não atingiu nenhuma veia principal”.
O homem preferiu não se identificar para preservar a família.
Segundo o docente, que passou a tarde no Hospital de Ceilândia, o disparou não causou sequelas. Ele é professor na Escola Classe 10 local há 11 anos.
“Já estou quase podendo andar novamente. Não precisei passar por cirurgia, só estou tomando cuidado para não desfazer os curativos”, diz. “Fico aliviado de não ter acertado nenhuma criança. Tinha várias no local. A bala veio de longe, pode ter sido bala perdida”.
Michele Ribeiro, diretora da instituição, disse ao Metrópoles que não houve testemunhas. “Ninguém viu nada e não tinha ninguém perto. Só vimos depois”, diz ela. “A perícia veio e analisou o cenário depois”.
Segundo a corporação, uma equipe foi acionada por volta de 13h30, mas, quando chegou ao local, o docente estava sendo atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).