Procuradoria do Cade analisa lista da qual sairá o interventor da Rede Cascol
Em cinco dias, o resultado da investigação será encaminhado à superintendência do conselho. Órgão checa a lisura dos cinco nomes encaminhados pelo grupo acusado de integrar cartel de combustíveis no DF
atualizado
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A Procuradoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tem cinco dias para analisar a lista com os nomes dos possíveis interventores da Rede Cascol, que administra 30% do mercado de combustíveis no Distrito Federal. A superintendência solicitou a análise nesta quinta-feira (3/3) e aguarda resposta da procuradoria para saber da legalidade dos cinco nomes escolhidos para administrar os 60 estabelecimentos do grupo.
O documento chegou ao Cade em 22 de fevereiro, uma exigência do conselho após a suspeita de que o Grupo Cascol, que controla a rede Gasol, coordenaria majoritariamente o cartel de combustíveis na cidade, deflagrado pela Operação Dubai.
Segundo investigações do Gupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPDFT, a Polícia Federal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a gasolina era sobretaxada em 20% para os consumidores, o preço do álcool era inflado para evitar a penetração no mercado brasiliense e o sindicato dos postos era usado no esquema para “perseguir” os empresários “dissidentes” do cartel.
Em janeiro, o Cade deu 15 dias para a rede apresentar a lista dos interventores, mas o prazo foi ampliado. As cinco opções de administradores provisórios para gerir “de forma independente” os postos com bandeira BR de propriedade do grupo foi a maneira encontrada pelo Cade para tentar dissuadir o cartel.