Procurador de Justiça Desportiva do DF dá voz de prisão a servidora no HRT
Marco Vicenzo explicou que funcionária da unidade teria agredido paciente que reclamava da falta de médicos. Todos foram levados à delegacia
atualizado
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O procurador de Justiça do Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal Marco Vicenzo deu voz de prisão a uma servidora do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), que, segundo ele, teria o agredido e tratado mal uma paciente que reclamava da demora no atendimento. O episódio ocorreu na tarde deste domingo (23/8).
Ao Metrópoles, Marco Vicenzo afirmou que chegou ao HRT por volta das 8h, acompanhando a esposa, que precisava de atendimento médico.
Entre 14h e 15h, uma paciente que, segundo o advogado, teria chegado ao hospital às 4h da manhã foi reclamar da falta de médicos e da demora no atendimento.
Conforme o procurador relatou à reportagem, a servidora teria maltratado a paciente e dito que o atendimento estava suspenso, pois o médico responsável pelo plantão estava realizando um procedimento cirúrgico.
Presenciando o acontecimento, o procurador teria ido ao encontro da servidora que, segundo ele, estava “bastante exaltada”. Vicenzo pediu a identificação da funcionária, mas ela se negou.
O advogado, então, pegou o celular para filmar a servidora que, por estar prestando um serviço, é obrigada a se identificar. Foi quando a funcionária bateu na mão de Vicenzo e derrubou o aparelho no chão.
“Até o momento, não tinha acontecido nenhum crime. Mas na hora que ela bateu na minha mão eu entendi que houve vias de fato e dei voz de prisão”, relatou Vicenzo.
Vias de fato são atos agressivos de provocação praticados contra alguém. Servem como exemplos os atos de: empurrar, sacudir, rasgar ou arrancar roupas, puxar cabelo, dar socos ou pontapés, arremessar objetos, e demais atos que não cheguem a causar lesão corporal.
Na gravação, é possível ouvir pacientes, que presenciaram o momento, pedindo para que a funcionária fosse detida. “Cadeia nela!”, gritavam, em apoio ao ato de Vicenzo.
Veja o momento em que o procurador dá voz de prisão a servidora:
Apuração policial
Após o ocorrido, o procurador defendeu que a funcionária receba punição e pediu que pacientes que procuram o atendimento público tenham “um pouco mais de dignidade”. “Essa impunidade nos hospitais tem que acabar imediatamente. Até quando o povo vai ser tratado igual lixo nas redes de saúde?”.
O caso foi registrado na 12ª DP de Taguatinga.
Apuração
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde do DF lamentou o ocorrido. A pasta informou ter determinado à direção do HRT que “abra, imediatamente, um procedimento interno para apuração”.