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Procurado pela Justiça de GO e BA, Lázaro usou nomes falsos duas vezes

Na Bahia, onde é procurado por cometer duplo homicídio, Lázaro era Leandro. Em Corumbá (GO), se identificou à polícia como Gabriel

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Lázaro Barbosa, suspeito de triplo homicídio no DF
1 de 1 Lázaro Barbosa, suspeito de triplo homicídio no DF - Foto: Reprodução

Procurado pela Justiça e pela polícia desde 2008 por duplo assassinato, em Barra do Mendes (BA), Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, usou nomes diferentes para se apresentar à polícia. Quando morava na Bahia e era solteiro, ele se intitulava “Leandro”. Ao ser preso em Corumbá (GO), em 2010, o homem mentiu para a polícia e disse que nome era Gabriel Barbosa de Souza.

Quando mais jovem, Leandro era apelido. Nas ocorrências policiais entre 2008 e 2009, aparece o nome completo de Lázaro e um item com o “apelido” de “Leandro”.

Ainda em 2009, foragido, Lázaro subtraiu um veículo em uma chácara na divisa entre Águas Lindas e DF. A polícia o prendeu em 16 de novembro, na Avenida Engenheiro Roberto Muller, Corumbá (GO). Ele ainda portava arma de fogo de calibre .22, cano curto, marca Rossi, sem autorização e em desacordo com determinação legal.

Ao chegar à delegacia de Corumbá para prestar depoimento, Lázaro se identificou como Gabriel Barbosa de Souza. Assim, livrou-se de uma pesquisa dos policiais por sua ficha de homicídios e estupro anterior.

Em 2010, denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e citado pela Justiça, ele prestou depoimento na Comarca de Corumbá de Goiás. Na ocasião, confessou ter se apresentado como Gabriel Barbosa de Souza na delegacia e admitiu não ter documentos com esse nome.

O MPGO pediu a condenação de Lázaro pelo crime de falsa identidade. No entanto, o juiz considerou que Lázaro disse chamar-se Gabriel Barbosa de Souza, mas não apresentou documentos pessoais. “Como não gerou danos à sociedade nem tão pouco obteve vantagens em decorrência de tal afirmação, não fica configurado o crime de falsa identidade”, ressaltou juiz da Comarca de Corumbá (GO).

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Na prisão

Após prisão e condenação, de acordo com documentos oficiais, o sentenciado Lázaro Barbosa começou a cumprir pena no DF em 26 de agosto de 2010 devido a crimes de roubo e estupro cometidos em 2009. Nesse caso, acabou condenado à pena total de 12 anos, 8 meses e 19 dias.

Depois disso, chegou aos autos outra condenação, com pena de 3 anos, em função a crime cometido em Corumbá de Goiás, totalizando, assim, 15 anos, 8 meses e 19 dias de punição, tendo sido unificadas as penas no regime fechado por decisão proferida em 19 de julho de 2013.

Necessidade de cursos

Em 15 de agosto de 2013, antes de decidir acerca do pedido de progressão ao regime semiaberto e concessão de benefícios externos, a VEP no DF determinou a realização de exame criminológico. O laudo psicológico feito no âmbito de um dos processos contra Lázaro Barbosa, em 2013, constatou que o homem tem características de personalidade violenta, como agressividade, ausência de mecanismos de controle, dependência emocional, impulsividade e instabilidade emocional.

“O Laudo de Exame Criminológico nº 371/2013 concluiu que Lázaro deveria ser submetido a diversos cursos”, atesta o documento redigido pela VEP. Dessa forma, Lázaro foi transferido da Penitenciária do Distrito Federal (PDF 2) para o Centro de Internamento e Reeducação (CIR), para que fosse incluído nos tratamentos sugeridos no laudo criminológico.

“Assim, o sentenciado participou, no CIR, satisfatoriamente, de todos os encontros do Grupo de Relações Pessoais voltados para sensibilização, orientação e educação no âmbito do comportamento sexual, com relatório expedido em 26 de setembro de 2014”, informa relatório da VEP. Os cursos tinham como finalidade posterior a integração de Lázaro à sociedade.

O suspeito da chacina de Ceilândia trabalhou as temáticas relativas a: “Legislação: Lei 12015/09, Lei Maria da Penha e Estatuto da Criança e do Adolescente; Sexualidade saudável e parafilias; Estratégias de enfrentamento: assumir, entender, mudar; Empatia: colocar-se no lugar da vítima; Compreensão de fatores de risco e fatores protetores”, segundo a VEP.

Lázaro ainda participou do Programa de Sensibilização para Usuários de Substâncias Psicoativas, com relatório expedido em 28 de julho de 2015. Ele aprendeu sobre drogas e seus tipos, efeitos e consequências biológicas; dependência física e psicológica; fatores de risco e de proteção; entre outros.

Chacina

Em 9 de junho de 2021, as digitais dele foram encontradas na casa da família Vidal. Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. Pai e dois filhos teriam sido mortos por Lázaro a tiro e facadas, no Incra 9, em Ceilândia.

Ele ainda sequestrou Cleonice Marques de Andrade, 43 anos, esposa de Cláudio e mãe das outras vítimas. O corpo dela foi encontrado no dia 12, em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com um corte nas nádegas, em uma zona de mata perto da BR-070.

Desde que matou a família Vidal, Lázaro invade propriedades e faz outras vítimas. Ainda no Incra 9, em Ceilândia, ele invadiu mais dois locais. Em Goiás, ele tem se escondido na região entre Girassol, Edilândia e Cocalzinho, Entorno do DF. Lázaro é procurado pela polícia há 14 dias.

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