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Procon visita 142 revendas de gás e notifica 11 por preço abusivo

Aumento de 23% no consumo das famílias e problemas de reabastecimento são apontados como causas para a falta do produto, segundo sindicato

atualizado

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Fotos: Hugo Barreto/Metrópoles
Falta de gás em distribuidora do DF
1 de 1 Falta de gás em distribuidora do DF - Foto: Fotos: Hugo Barreto/Metrópoles

O Instituto de Defesa do Consumidor do DF (Procon-DF) visitou 142 revendedoras de gás e notificou 11 por prática de preço abusivo nos últimos 15 dias. Os altos valores vêm sendo praticados em meio à falta do produto na capital do país, que ainda não tem previsão de quando a falta do insumo será regularizada.

Segundo o órgão, às fiscalizações começaram no fim de março, quando as denúncias aos preços altos se intensificaram.

Na manhã desta segunda-feira (13/04), o Metrópoles entrou em contato com algumas revendedoras do DF. Em nenhum estabelecimento havia gás em estoque. Outro ponto que chamou a atenção é que a entrega em domicílio não está sendo feita.

Sendo assim, quem quiser o produto precisa enfrentar as grandes filas que se formam ao redor dos estabelecimentos. Essa procura vem sendo vista desde a semana passada.

No estabelecimento Estrutural Gás, por exemplo, foi recebido na manhã desta segunda um carregamento. Entretanto, havia fila no local e, por conta disso, os botijões acabaram rapidamente. Lá, desde o começo da pandemia, a demanda cresceu em cerca de 40%.

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O aumento no consumo das famílias e problemas no reabastecimentos são apontado como causas do problema
Em meio à crise causada pelo novo coronavírus, o Procon DF já notificou 142 distribuidoras por preços abusivos
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Distribuidoras do DF estão sem gás em estoque

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O aumento no consumo das famílias e problemas no reabastecimentos são apontado como causas do problema

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Em meio à crise causada pelo novo coronavírus, o Procon DF já notificou 142 distribuidoras por preços abusivos

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Logística

O presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo do DF (Sindvargas-DF), Sérgio Vargas, explicou que o problema da falta de gás se deve às dificuldades de logística para trazer o gás que chega ao porto de Santos e, depois, tem de vir para o DF.

“Estamos tendo grande dificuldade de logística para trazer o gás importado, que chega ao porto de Santos, ao DF. Temos apenas a malha rodoviária. Isso somado a um aumento de 23% no consumo das famílias (dados da ANP) acaba afetando o estoque do gás. O jeito é esperar o gás chegar para regularizar o estoque”, explicou o representante da categoria.

Sérgio justifica as denúncias de preços abusivos pelas revendedoras. Segundo ele, pessoas estão comprando gás e revendendo por altos valores em locais próximos às distribuidoras. O presidente do Sindvargas afirma que levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP) apontou que não houve aumento de preço no DF.

Outra preocupação refere-se à distribuição de gás em condomínios do DF. Entretanto, segundo informações do Sindicato dos Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínios-DF), a distribuição, por enquanto, está sendo realizado normalmente nos residenciais.

O que diz a Petrobras

A Petrobras enviou posicionamento reiterando que está ampliando o fornecimento de GLP a fim de garantir o abastecimento do mercado. A estatal voltou a pontuar que “não há risco de falta do produto nem qualquer necessidade de estocar botijões de GLP”.

A empresa ressaltou também que o volume total contratado em abril para importação é quase o triplo do usual importado em períodos normais.

Reconheceu ainda que houve redução do processamento das refinarias, isso em razão de uma queda da demanda dos demais combustíveis, como gasolina, diesel e querosene de aviação. E acrescentou que a redução da produção de GLP por parte da Petrobras está sendo compensada pelas importações do produto.

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