Procon fecha quiosque que oferece revistas e malas no Aeroporto JK
De acordo com o órgão, foram mais de 250 denúncias apenas nos últimos dois meses de supostos golpes aplicados dentro do terminal
atualizado
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Você já foi abordado no aeroporto por mulheres e homens que oferecem revistas e malas? A partir desta quarta-feira (12/9), essa prática não deve mais ocorrer. Pelo menos pelos próximos 30 dias. O Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) suspendeu, temporariamente, a atividade no quiosque da Editora Três no terminal de Brasília.
A blitz foi deflagrada após o órgão receber mais de 250 reclamações de pessoas que se sentiram lesadas. Segundo Nirvaldo de Sá, diretor de Fiscalização do Procon, há ainda 10 mil queixas no site Reclame Aqui.
De acordo com ele, os golpes relatados pelos passageiros eram aplicados de diversas formas. Algumas vezes, os funcionários do quiosque ofereciam uma mala de graça e o cliente acabava tendo que passar cartão de crédito para obter o “benefício” ou então as revistas eram vendidas por um preço maior do que o combinado.
“Os vendedores procuravam comover os usuários do aeroporto, principalmente idosos, e com frequência conseguiam ludibriá-los. Às vezes, a pessoa pagava pela assinatura de revistas e não conseguia cancelar as faturas, muito altas”, disse o diretor do Procon.
O Ministério Público tem um inquérito em andamento para investigar o caso. O quiosque, segundo o Procon, teve a atividade suspensa por 30 dias até que atenda as 250 reclamações e os três autos de infração emitidos pelo instituto. Se não regularizar a situação, será interditado.
A babá Maria do Socorro de Freitas, 41 anos, já foi abordada pelos funcionários do quiosque. Mas não chegou a fechar nenhuma assinatura de revistas. “Esse tipo de abordagem é muito desagradável, causa constrangimento. Eu estava com pressa no dia e eles chegaram me oferecendo brindes, mas nada é de graça”, destacou.