Procon-DF suspende atividades de empresa após perrengue no Réveillon
Procon-DF suspendeu temporariamente atividades da Unnu Agências de Publicidade, promotora do evento Réveillon Finish Brasília
atualizado
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O Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF) suspendeu temporariamente, nesta quinta-feira (11/1), as atividades da Unnu Agências de Publicidade. A empresa foi promotora do evento Réveillon Finish Brasília, que tem acumulado denúncias por não servir comida nem bebida em uma festa à beira do Lago Paranoá, com bebida e comida liberados.
A decisão se justificou, segundo o Procon-DF, pela “conduta lesiva da empresa à coletividade dos consumidores do Distrito Federal, que viola normas de proteção e defesa dos consumidores, como descumprimento do direito à informação e da oferta, e falha na prestação do serviço”.
A empresa também ficou proibida de promover o evento Fone Festival, programado para 20 de janeiro, no Cota Mil Iate Clube.
No Reveillón Finish Brasília, faltou bebida por volta da meia-noite, e a promessa de um buffet se limitou a minienroladinhos de salsicha, coxinha de milho, quibe e churros para celebrar a virada do ano. Nem a tradicional queima de fogos a festa proporcionou aos pagantes. O evento teve seis lotes de venda, que começou nos R$ 150.
Assista:
Na semana passada, a Unnu foi notificada para que, em até 48 horas, prestasse informações sobre as denúncias de consumidores sobre terem sido enganados pela empresa. Os clientes alegaram que a agência não cumpriu com a quantidade nem a qualidade das bebidas, das pirotecnias ou dos alimentos prometidos.
“Denunciaram que os serviços de open bar e open food foram finalizados antes do horário anunciado, bem como os alimentos e as bebidas não corresponderam com aqueles veiculados na publicidade do evento. Relataram ainda a ausência de produtos básicos, como água potável e copos descartáveis, e noticiaram a inexistência da queima de fogos de artifício, como anunciado pela empresa”, detalhou o Procon-DF.
A Unnu apresentou defesa dentro do prazo determinado, mas não respondeu aos questionamentos nem comprovou a regularidade dos serviços prestados na forma da oferta veiculada nas mídias sociais e no site da agência. Para o instituto, a defesa apresentada não se deu de modo formal ou regular.
“O representante da Unnu não enviou documentos como procuração, dados constitutivos da empresa ou endereço, por exemplo. O Procon não conseguiu notificar a agência no endereço físico informado, e a notificação teve de ser enviada em um endereço de e-mail que a Unnu divulga nas redes sociais”, informou o Instituto de Defesa do Consumidor.
Diretor-geral do órgão, Marcelo Nascimento afirmou: “Entendemos que a medida de suspender temporariamente as atividades da empresa Unnu no Distrito Federal evita que ainda mais consumidores possam ser lesados e serve como desestímulo para que essa ou outras firmas mantenham um tipo de comportamento danoso à população. Se a Unnu atender às exigências do Procon, poderá realizar a festa prevista para o dia 20”.
A decisão do Procon é cautelar e dela cabe recurso. O Metrópoles tenta contato com a empresa Unnu, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.