Prisão do DF é fechada após 38 anos e 2.461 detentos vão para a Papuda
Centro de Internamento e Reeducação (CIR) abrigava detentos do semiaberto. Intuito é concentrar todo esse grupo em um mesmo espaço
atualizado
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Após 38 anos de funcionamento, o Centro de Internamento e Reeducação (CIR) foi desativado nessa segunda-feira (31/5) pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape/DF). Na mesma data, os 2.461 detentos em regime semiaberto que estavam no local foram transferidos para o antigo Centro de Detenção Provisória I (CDP I).
A desativação completa do CIR foi autorizada pela juíza titular da Vara de Execuções Penais (VEP), Leila Cury, em 14 de dezembro do ano passado. O prédio estava em funcionamento desde 1979 e abrigava reeducandos do regime semiaberto para realizar trabalhos internamente e aguardar o usufruto dos benefícios externos concedidos pela Justiça.
O secretário de Administração Penitenciária do DF, delegado aposentado Geraldo Luiz Nugoli, afirmou que a desativação do centro é um marco na história do sistema prisional. “Esta data deve ser bastante comemorada por todos os atores envolvidos na execução penal e pela sociedade como um todo. Conseguimos desativar uma das unidades penais mais antigas do DF e, ao mesmo tempo, resolver o problema da superlotação no semiaberto do Complexo da Papuda.”
Outros mil reeducandos que cumprem pena nas Penitenciárias I e II do DF (PDFs I e II), voltadas para a custódia de detentos do regime fechado, também irão para o novo CIR. O intuito é que todos os custodiados do regime semiaberto, lotados no Complexo da Papuda, fiquem reunidos em um só lugar.
Antes de receber os detentos do centro, o espaço era ocupado por presos provisórios. Esse grupo foi transferido na última semana para a Unidade de Detenção Provisória Desembargador George Lopes Leite, em São Sebastião.