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Primo sobre rapaz esfaqueado no DF: “Não era um qualquer”

Corpo de Igor Alves Viana foi sepultado. Há suspeita de que ele tenha sido morto após discussão com suspeitos

atualizado

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Em clima de revolta e comoção, familiares e pessoas próximas ao jovem Igor Alves Viana (foto em destaque), 29 anos, que morreu após ser esfaqueado perto de uma passarela da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), acompanham o sepultamento do rapaz na manhã desta terça-feira (10/03). Primo da vítima, o empresário Diego Lopes Vieira, 30, conversou com o Metrópoles e disse ter conhecimento de uma versão dos fatos.

“Ele morava sozinho e não sabíamos onde estava no domingo (08/03). Hoje, um amigo do Igor disse que ele estava na casa de uma menina com outros dois rapazes naquela noite. Fui até o local e o frentista do posto próximo onde o Igor caiu disse que uma pessoa em um carro teria passado pelo local onde ele estava caído e deu um chute nele. Ele já veio caminhando com a faca empurrada na barriga”, destacou.

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Família quer saber o que ocorreu no dia do crime
Mãe chorou copiosamente ao caixão de Igor
Enterro de Igor, rapaz assassinado na EPNB
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Igor Alves Viana foi morto na EPNB

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Família quer saber o que ocorreu no dia do crime

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Enterro de Igor, rapaz assassinado na EPNB

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O primo de Igor foi à delegacia e teve conhecimento de que o celular e a carteira da vítima ainda não foram localizados. “Só acharam o documento e uma pulseira, que é exatamente o que consta no boletim de ocorrência”, contou Diego.

A família acredita que ocorreu algum desentendimento no local onde o Igor estava, antes do crime. “Queremos descobrir o que aconteceu de fato. É muito ruim a gente não ter uma informação concreta. Precisamos de uma certeza. As informações ainda não batem com a situação de como ele foi encontrado. Queremos a apuração dos fatos. Ele não era qualquer um. Não vamos aceitar saber que foi uma desavença e ponto final”, afirmou.

Segundo o delegado-chefe da 21ªDP (Pistão Sul), Luiz Alexandre Gratão, os investigadores trabalham com a hipótese de Igor ter sido esfaqueado dentro do veículo onde estariam os suspeitos do latrocínio (roubo seguido de morte). “Há informações de que a vítima desceu do veículo com a mão na barriga, como se estivesse ferida. Estamos apurando todas as circunstâncias para chegar aos autores”, afirmou.

Durante o sepultamento, a mãe de Igor abraçou no caixão e chorou copiosamente. Os presentes fizeram uma oração. Pediram palmas para Igor e depositaram rosas sobre a urna, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.

Despedida

O crime que vitimou Igor, ocorreu na madrugada dessa segunda-feira (09/03). A vítima deixa uma filha de 9 anos. Muito abalada, a criança chegou ao cemitério com uma rosa branca para prestar a última homenagem ao pai.

“Nós somos amigos de muitos anos. Ele era um cara sem palavras. Trabalhador, gente boa. É assustador saber que perdeu a vida tão novo. Estamos sem entender e esperamos que a Polícia possa desvendar e trazer as respostas. Não há como descrever essa tristeza”, disse o auxiliar administrativo Ygor Rodrigues Batista, 31.

O amigo comentou também que havia trocado mensagens com ele pelo WhatsApp na última semana. “A gente se falou. Estava tudo bem. É difícil de acreditar que ele não está mais aqui”, destacou.

O corretor de imóveis Tiago Maurício Souza de Santos, 34, conhecia a vítima há pelo menos 20 anos. “Quando a gente casa, se muda de onde mora, a gente acaba se distanciando. Mas sempre falávamos por celular. Não tenho conhecimento do novo ciclo de amizade e nem de onde ele estava naquela noite. O fato é que ele não está mais entre nós e isso nos causa revolta. Ele era uma pessoa maravilhosa.”

Ainda segundo Tiago, a onda de violência no DF nos últimos dias com a morte de três inocentes (Igor, o professor esfaqueado na parada de ônibus e o jovem morto na Rodoviária), choca a população.

“Estamos à merce dos vagabundos. Hoje não se pode mais sair para um lugar desconhecido em segurança. O meu grupo de amigos, por exemplo, não vai mais a bares e baladas. Preferimos ficar em casa para não correr nenhum risco. Estamos entalados com tanta violência sem respostas”, destacou Tiago.

Colaborou Carlos Carone

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