Primeiros alunos terminam prova do Enem no DF e reclamam de aglomeração
No DF, foram 113.177 inscritos para a avaliação na modalidade impressa. Candidatos começam a deixar os locais de prova. Exame vai até as 19h
atualizado
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Duas horas depois do início da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (17/1), os candidatos que realizaram a avaliação no Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) começaram a deixar o local de prova, a partir das 15h30.
No DF, foram 113.177 inscritos para a avaliação na modalidade impressa. O exame deste domingo contou com as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias. A redação também foi aplicada nesta tarde.
O tema da redação do Enem 2020 foi: “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. Participantes têm até as 19h (horário de Brasília) para finalizar o exame.
O jovem Gabriel Alves Botelho, 19 anos, foi um dos primeiros a terminar a avaliação nesta tarde na UDF. Ele concluiu o ensino médio em 2019 e começou a faculdade de sistema de informação em 2020, mas não se identificou com o curso.
Neste ano, ele tenta uma aprovação para o curso de engenharia elétrica, na Universidade de Brasília (UnB), e saiu confiante do primeiro dia de Enem. “Achei que a prova não estava nem tão fácil, nem um ‘bicho de sete cabeças’. Acredito que quem estudou foi bem na prova”, disse.
Apesar de ter gostado da avaliação, ele diz que o ambiente lotado, em meio à pandemia do novo coronavírus, causou preocupação. “Na entrada, foi insano. Vi gente tirando a máscara, cumprimentando amigo. Eu mesmo cheguei e fui direto para a minha sala”, comentou.
“Fiquei um pouco preocupado, porque os casos [de Covid-19] não estão diminuindo. Pelo contrário, estão aumentando. E se apenas em uma faculdade foi lotado assim, imagina somando todas”, ressaltou o jovem.
Prestes a iniciar o segundo ano do ensino médio, Gabriela Bernardo Schmidt, 16 anos, fez a prova nesta tarde como treineira e acredita que se saiu bem. “Eu achei mais tranquilo do que imaginava. Apesar de não ter todos os conhecimentos necessários ainda, acho que fui bem para uma primeira vez”, diz ela, que deseja passar para direito.
Segundo a adolescente, os responsáveis pela aplicação da prova na unidade de ensino ofereceram álcool em gel aos candidatos e “mostraram-se preparados”. Contudo, “faltava informação”.
“Quando eu cheguei, fui para o bloco errado e, depois, tive que vir correndo para mudar de prédio. Acho que essa informação não foi muito divulgada, porque muita gente não sabia que a UDF tinha dois blocos”, pontuou.
Outro problema notado por Gabriela foi o ambiente lotado na entrada. “Tinha gente conversando com amigo, aglomeração dentro e fora. Eu entrei bem rápido para ir logo para a minha sala”, relatou.