Primeiro dia de happy hour tem movimento tímido em bares de Brasília
Estabelecimentos nas asas Norte e Sul abriram poucas mesas e reforçaram medidas de higienização contra a Covid-19 para receber clientes
atualizado
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No primeiro happy hour após o governo do DF autorizar a reabertura dos bares e restaurantes, os estabelecimentos tiveram movimento tímido. No início da noite desta quarta-feira (15/7), os locais apresentavam poucos clientes e praticamente todos respeitaram as medidas impostas para evitar a disseminação do novo coronavírus.
Além de colocarem nos salões somente 50% das mesas, elas estavam espaçadas, a fim de aumentar a distância entre as pessoas que petiscavam ou bebiam.
No Vale da Lua, na 408 Norte, das 70 mesas que cabem no local apenas seis tinham sido abertas por volta das 18h. Segundo o gerente do bar, Adriano Amorim da Silva, essa será a lotação máxima da noite, pois a operação desta quarta-feira seria um teste para a equipe.
“Ainda estamos em fase de testes. Abrimos hoje, mas ainda com insegurança, pois não sabemos se amanhã vão fechar tudo de novo”, observou. “Ainda estamos recontratando os funcionários”, completou.
A ideia da casa é, gradualmente, até sexta-feira (17/7), deixar 25 mesas à disposição dos frequentadores. As adaptações feitas no comércio para a reabertura incluem ainda reforço na limpeza de mesas e oferta de álcool em gel e termômetro para medir a temperatura dos clientes. “Queremos abrir mesmo com 100% de segurança. Não podemos esperar apenas do poder público”, concluiu Silva.
Os clientes aprovaram as medidas de profilaxia adotadas pelo estabelecimento. “Estamos tranquilos, tem isolamento, eles estão limpando todas as mesas no padrão. Até na cerveja. Nos sentimos mais seguros com esse tipo de atitude” ressaltou Almir Dornelles, empresário de 47 anos
Já na 410 Norte, a cena era diferente no início da noite. No Fausto & Manoel, os clientes ocuparam quase todas as mesas disponíveis. Cada espaço tem marcações feitas com fita vermelha, uma medida para garantir a distância de 2 metros entre clientes.
“Mudamos tudo, fizemos medição, limpeza a cada hora. Tudo que foi pedido, fizemos. E estamos com apenas 50% das mesas no salão”, explicou Admilson Cavalcante, gerente do bar.
O tradicional Beirute, na 109 Sul, estava praticamente vazio às 20h.
O movimento na parte da tarde, na hora do almoço, também foi pequeno. Como o Metrópoles mostrou, grande parte dos estabelecimentos comerciais da entrequadra 109/110 Norte, no Plano Piloto, optou por permanecer de portas fechadas, mesmo diante da autorização para a retomada econômica.
Muitos preferiram continuar atendendo apenas por delivery. Com isso, o movimento ainda era tímido, no final da manhã e início da tarde do primeiro dia de reabertura desse tipo de comércio.