Primeira santa brasileira, Irmã Dulce pode batizar viaduto na Asa Sul
A proposta, feita ainda em 2019, tem como objetivo homenagear a santa brasileira no viaduto próximo às SQS 116
atualizado
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A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) vai realizar, em 24 de outubro, uma audiência pública para discutir a mudança de nome do Viaduto Camargo Corrêa, localizado no fim da Asa Sul, para Viaduto Irmã Dulce dos Pobres. A proposta, feita ainda em 2019, tem como objetivo homenagear a primeira santa brasileira.
O Projeto de Lei (PL) é de autoria do deputado distrital João Cardoso (Avante). Ao justificar a proposição, ele argumenta que o atual nome, que remete à construtora responsável, ficou estigmatizado após as investigações da Operação Lava Jato.
Para resolver o problema do viaduto localizado na DF-002, próximo às SQS 116 e 216, o parlamentar sugere que a primeira santa brasileira passe a dar nome ao local.
Para a alteração, o Diário Oficial da CLDF de sexta-feira (23/9) trouxe o comunicado, informando que a audiência foi marcada para 24 de outubro a partir das 19h. A deliberação ocorre no Plenário.
Quem é Irmã Dulce
A Igreja Católica reconheceu em 13 de outubro de 2019 a santidade da freira baiana Irmã Dulce. Foi a primeira canonização da história de uma mulher nascida no Brasil.
Irmã Dulce teve uma vida marcada por trabalhos assistenciais feitos em comunidades carentes de Salvador (BA). O Anjo Bom da Bahia realizou diversos milagres, segundo testemunhas. Um deles, a cura de um maestro que voltou a enxergar, foi a chave para ser elevada aos altares.
Maria Rita Lopes Pontes nasceu em 1914, em Salvador. Filha de pais ricos, a jovem sempre teve a vocação de ajudar os mais pobres, segundo relatos de pessoas que conviveram com ela.
Aos 13 anos, a jovem Maria Rita passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família.
Em 1933, após se formar como professora primária, então com 19 anos, Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe. Em 1939, Irmã Dulce inaugurou o Colégio Santo Antônio, voltado para os operários e filhos deles.