Primeira mulher negra a assumir direção geral do Arquivo Nacional é professora da UnB
Ana Flávia Magalhães Pinto é doutora em história e jornalista. Ela será a primeira mulher negra a ocupar a função em 185 anos
atualizado
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Doutora pela Unicamp, mestre pela Universidade de Brasília (UnB), licenciada em história pela Universidade Paulista (Unip) e formada em jornalismo pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB), Ana Flávia Magalhães Pinto é a nova diretora-geral do Arquivo Nacional. Com a nomeação, a brasiliense torna-se a primeira mulher negra em assumir a função em 185 anos do órgão.
Ana, que também é professora adjunta do Departamento de História da UnB, desenvolve pesquisas em suas áreas de formação com ênfase em atividades político-culturais de pensadores negros, imprensa negra e luta racial. Além disso, atua no programas de pós-graduação em história (PPGHIS) e direitos humanos (PPGDH) também da UnB.
Sob comando da ministra Esther Dweck, o Arquivo Nacional terá status de secretaria dentro do recém-criado Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. As modificações foram determinadas recentemente, após a posse do novo governo do Brasil.
Arquivo Nacional
O Arquivo Nacional é o órgão central do Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos-SIGA, da administração pública federal.
Criado em 1838, a pasta tem por finalidade implementar e acompanhar a política nacional de arquivos, definida pelo Conselho Nacional de Arquivos – Conarq, por meio da gestão, do recolhimento, do tratamento técnico, da preservação e da divulgação do patrimônio documental do País. Garantindo, dessa forma, pleno acesso à informação, bem como apoiar as decisões governamentais de caráter político-administrativo, o cidadão na defesa de seus direitos e de incentivar a produção de conhecimento científico e cultural.
Com valor inestimável, o Arquivo Nacional reúne milhões de documentos históricos em sua sede, no Rio de Janeiro, assim como na Superintendência Regional em Brasília, e reúne cerca de 1,91 milhão de fotografias e negativos, 200 álbuns fotográficos, 15 mil dispositivos, 4 mil caricaturas e charges, 6 mil cartazes e cartazetes.
Também fazem parte do acervo 21 mil ilustrações, 1,2 mil desenhos, 1 mil cartões postais, 200 gravuras, 44 mil mapas e plantas arquitetônicas, filmes, registros sonoros e uma coleção de livros superior a 112 mil títulos, sendo 8 mil deles considerado raros.