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Prima de ciclistas mortos protesta contra soltura de motorista

Segundo a familiar, esse é um caso que “não pode ficar impune”. Atropelamento ocorreu nesse domingo (17/4)

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
Casal ciclistas
1 de 1 Casal ciclistas - Foto: Reprodução/Redes Sociais

A prima de Hilberto Oliveira da Silva, 47 anos, que morreu atropelado no domingo (17/4)  juntamente da esposa Vera Lucia da Cruz Sampaio, 42, enquanto andava de bicicleta, gravou um vídeo reagindo à decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) em conceder liberdade provisória à responsável pelo crime. Segundo ela, esse é um caso que “não pode ficar impune”.

O vídeo foi gravado na noite desta segunda (18/4) logo após a soltura da autora do atropelamento. No entendimento da juíza substituta Verônica Capocio, o fato de Stefania Midiã Silva de Araújo, 36, ter informado que ingeriu bebida alcoólica mostra que ela “não pretende se furtar a aplicação da lei penal” e, por esse motivo, não é necessário mantê-la presa.

A familiar, que se identifica como Kelly, no entanto, discorda veementemente da decisão. “Que Justiça é essa que soltou uma pessoa sem pagar fiança nem nada? Será que a Justiça não está vendo que ela estava alcoolizada?”, questionou.

Veja o vídeo completo

Vera Lucia não resistiu aos ferimentos do atropelamento e faleceu nesta segunda, no Hospital Regional de Santa Maria. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), ela apresentava fratura em um membro inferior e possível traumatismo craniano. Já Hilberto, faleceu no local.

Veja fotos das vítimas:

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O casal foi atropelado no domingo de Páscoa
Os dois pedalavam quando foram atingidos pela motorista embriagada
Vera tinha 42 anos; Hilberto, 47
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Vera Lúcia e Hilberto

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O casal foi atropelado no domingo de Páscoa

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Os dois pedalavam quando foram atingidos pela motorista embriagada

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Vera tinha 42 anos; Hilberto, 47

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A condutora foi presa pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) após constatarem que ela dirigia sob efeito de álcool. Segundo os militares, a motorista não se feriu e relatou não saber como o acidente teria acontecido.

Diante das perguntas dos policiais, no entanto, se exaltou e se desentendeu com um deles, motivo pelo qual foi encaminhada à 20ª Delegacia de Polícia (Gama). A condutora foi submetida ao teste de alcoolemia, que constatou a embriaguez com 0,62 mg/L.

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A bicicleta parou no gramado ao lado da pista
Bombeiros foram acionados para o resgate
Uma das vítimas foi encaminhada ao Hospital Regional de Santa Maria
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Como ficou o carro após a colisão

CBMDF/ Divulgação
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A bicicleta parou no gramado ao lado da pista

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Bombeiros foram acionados para o resgate

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Uma das vítimas foi encaminhada ao Hospital Regional de Santa Maria

CBMDF/ Divulgação

Rodas da Paz

Na manhã desta segunda-feira (18/4), a ONG Rodas da Paz defendeu que Stefania assumiu o risco de matar no momento do atropelamento e organiza uma manifestação em protesto contra a morte do casal.

“A mulher que matou o casal, Stefania Midiã Silva de Araújo, estava com 0,62 mg de álcool , mais que o dobro do que a lei considera crime. Dirigia em alta velocidade em uma rua residencial. De acordo com as testemunhas, as duas bicicletas ficaram retorcidas na pista. A motorista, inclusive, desacatou os policiais. Como um delegado recebe uma situação desta e enquadra como homicídio culposo? E o dolo eventual, que grita neste caso?”, questiona a coordenadora de comunicação da Rodas da Paz, Ana Júlia Pinheiro.

A manifestação ocorrerá nesta terça-feira (19/4), em Santa Maria Norte. A concentração dos ciclistas está marcada para as 18h30, no estacionamento do BRT de Santa Maria. De lá, o grupo fará percurso até o local do acidente e, depois, retornará ao ponto de partida.

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