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PRF emitiu só 8 multas durante bloqueios de rodovias que cortam o DF

Segundo relatório da PRF entregue ao STF, em todo o país, foram identificadas mais de 8 mil infrações relacionadas aos bloqueios

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Policiais da PRF intervém em bloqueios montados por manifestantes pró-Bolsonaro na rodovia BR 040 - Metrópoles
1 de 1 Policiais da PRF intervém em bloqueios montados por manifestantes pró-Bolsonaro na rodovia BR 040 - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Durante os bloqueios de rodovias após o segundo turno das eleições de 2022, manifestantes que estavam em vias do Distrito Federal somam oito das mais de 8 mil infrações com multas aplicadas no país. Os dados constam no relatório da Polícia Rodoviária Federal (PRF) enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o documento, no total, até 16 de novembro, houve 8.740 infrações relacionadas aos bloqueios das rodovias. Os atos foram realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitam a eleição de Lula (PT) à Presidência da República.

O ofício da PRF responde a uma decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes. Ele determinou que a Polícia Militar dos estados e do DF envie informações sobre os caminhões e demais veículos que participaram ativamente de bloqueios de vias e das manifestações em frente aos quartéis das Forças Armadas.

Além do DF, Sergipe registrou poucas infrações identificadas durante os bloqueios e empatou com a capital federal com oito notificações.

Comparação com outros estados

O estado que mais registrou infrações durante o bloqueio das rodovias, foi Santa Catarina (SC). A região soma 1.455. Em seguida, aparece Pernambuco (PE), com 1.334.

Veja a relação completa dos estados:

As três principais infrações encontradas são: estacionar na pista de rolamento das rodovias; estacionar na pista de rolamento das vias dotadas de acostamento; e estacionar nos acostamentos.

Manifestações no DF

Nas rodovias do DF, não há mais interdições desde 2 de novembro. Os manifestantes estão reunidos, há 17 dias, em frente ao Quartel-General do Exército, localizado no Setor Militar Urbano (SMU).

A interpretação do movimento é que os atos estão fortalecidos pela última nota do Ministério da Defesa, divulgada após o segundo turno. Por meio do comunicado, a pasta indica que o trabalho dos militares, “embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”.

De acordo com lideranças dos movimentos, o ponto alto dos atos ocorrerá às 15h desta terça-feira. No horário, a ideia é que todos os simpatizantes ao governo Bolsonaro, de onde estiverem, ajoelhem-se e façam uma “oração pelo Brasil”.

Além disso, os apoiadores devem pedir eleições transparentes e exigir o “código-fonte” das urnas – que, segundo eles, são passíveis de fraude. Apesar das alegações, não houve registro de qualquer inconsistência no processo eleitoral brasileiro.

Durante os atos, também devem aparecer bandeiras contra o STF e as supostas “ditaduras” promovidas pela Corte.

 

 

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