Presos que fugiram da Papuda cavaram teto de cela por quatro dias
Eles conseguiram fazer um buraco no telhado da unidade e escaparam utilizando uma corda feita com roupas, conhecida como “tereza”
atualizado
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Os 17 presos que fugiram do Complexo Penitenciário da Papuda na madrugada desta quarta-feira (14/10) cavaram o teto da cela do Centro de Detenção Provisória (CDP) por quatro dias. Segundo o Metrópoles apurou com fontes que trabalham no presídio, eles utilizaram um estoque – espécie de faca improvisada – para fazer o buraco com diâmetro suficiente para um adulto passar.
Foi por meio dessa abertura que os apenados protagonizaram a maior fuga ocorrida no complexo penitenciário nos últimos 10 anos. Eles saíram pelo teto do CDP e, com auxílio de uma corda feita a partir de roupas e lençóis, conhecida como “tereza”, alcançaram o chão da unidade, de acordo com as imagens registradas por câmeras de segurança.
Assista:
Até a última atualização deste texto, 11 dos 17 detentos haviam sido localizados. Veja o momento em que três são recapturados pelas forças policiais da capital do país:
O Metrópoles apurou que o preso considerado mais perigoso é Rodrigo de Souza Santos, 21 anos. Os encarcerados com a classificação de periculosidade nível 3 são envolvidos com crimes de maior grau de organização ou sofisticação, em especial aqueles ligados a quadrilhas de extermínio, roubo e furto de veículos, assalto a bancos e a transportadora de valores, extorsão mediante sequestro e tráfico de entorpecentes.
Internos apontados com esse grau de periculosidade também são vistos como presos que têm intenção de fuga. As equipes da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DPOE), policiais penais e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) estão nas ruas em busca dos fugitivos.
O secretário de Administração Penitenciária do DF, delegado Agnaldo Curado, disse que a a Ala C do Bloco 1 do CDP, onde ocorreu a fuga, não passou por reformas após a fuga de três presos registrada em janeiro.
Segundo ele, o local continua com uma estrutura da década de 1960 e será reformada. “A Ala C será interditada e será tratada novamente, recuperada, já com a autorização da Vara de Execuções Penais (VEP). A Dra. Leila Cury nos autorizou a interditar essa ala e fazer as reformas possíveis”, disse Curado, em vídeo.
“Todas as providências necessárias estão sendo tomadas tanto para a recaptura dos foragidos como para apuração das circunstâncias em que ocorreu a fuga”, afirmou o secretário de Administração Penitenciária do DF, delegado Agnaldo Curado.
Até a última atualização desta reportagem, 11 presos tinham sido recapturados. Veja aqui quem ainda continua foragido. “Nossa equipe está empenhada, desde o início da madrugada, na captura desses internos. Acreditamos que dentro das próximas horas vamos conseguir localizar todos”, estima o secretário.