metropoles.com

Presos da Papuda usavam visitantes para se comunicar com PCC

Alvos de uma operação nesta terça (24), eles encaminhavam correspondências ao alto comando da organização. Advogados também são investigados

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A operação da Polícia Civil do DF no Complexo Penitenciário da Papuda na manhã desta terça-feira (24/4) teve como alvos detentos que tinham conexão com o Primeiro Comando da Capital (PCC), mas não conseguiram desenvolver uma célula da organização criminosa no Distrito Federal, segundo a corporação. Eles se correspondiam por meio de cartas com a hierarquia do comando.

As cartas saíam com os visitantes. A PCDF também investiga a suposta participação de advogados na troca de mensagens. Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em 11 celas de quatro estabelecimentos prisionais da capital federal, todos no Complexo Penitenciário da Papuda  (CDP, CIR, PDF I e PDF II).

Intitulada Prólogo (nome da primeira etapa de uma prova ciclística de longa duração), a operação é resultado de uma investigação que começou em 2000. Os internos presos preventivamente nesta terça se filiaram e viraram membros da facção criminosa nascida nos presídios paulistas e que se espalhou pelo Brasil.

O PCC tentou se instalar na capital quando o líder do grupo foi mantido sob a tutela do sistema prisional do Distrito Federal. Ele foi um dos alvos da operação deflagrada nesta terça. Em depoimento à Polícia Civil, outro detento afirmou que os líderes do PCC em São Paulo têm orientado membros da organização a evitarem Brasília, devido à dificuldade do grupo em se instalar na capital.

Reprodução
Alvos da operação nesta terça (24/4)

 

Entre os membros alvo da investigação, não há nenhum que faça parte da alta hierarquia da organização. Após a operação, os presos perderão benefícios que porventura tenham direito, como progressão de regime. Os detentos devem aguardar o julgamento presos. Durante a batida na Papuda, a PCDF achou cartas, canetas e armas brancas.

Os presos permanecem na Papuda, mas agora terão de responder pelo crime de organização criminosa, cuja pena é até oito anos de cadeia. Um deles estava prestes a receber o benefício da progressão do regime fechado para o semiaberto.

Um dos bilhetes apreendidos pela PCDF mostra que os presos tinham matrícula e eram apadrinhados por integrantes de hierarquia superior da organização criminosa. Eles eram identificados por codinomes curiosos, como “bunitão” e “diamante”. A mensagem também aponta o local de “batismo” do PCC dentro do sistema prisional.

Reprodução

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?