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Preso por esconder maconha na Papuda, advogado de facção é solto no DF

Mikaelson Carvalho Gonçalves ganhou direito à liberdade após passar por audiência de custódia, nesta terça-feira (2/8)

atualizado

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Homem de terno sorrindo
1 de 1 Homem de terno sorrindo - Foto: Reprodução

O advogado Mikaelson Carvalho Gonçalves, preso por esconder um tablete de maconha embaixo de uma bancada no Complexo Penitenciário da Papuda, foi solto após audiência de custódia, nesta terça-feira (2/8). A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

Mikaelson foi preso no último domingo (31/7). Ele advogava para integrantes da facção criminosa Comboio do Cão, e, após o ocorrido, teve o registro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspenso por 90 dias. A coluna Na Mira apurou que o advogado também é servidor do sistema socioeducativo do Distrito Federal.

OAB suspende advogado do Comboio do Cão preso com maconha

A juíza Nádia Vieira de Mello Ladosky decidiu que o advogado está proibido de ausentar-se do Distrito Federal por mais de 30 dias sem autorização. Além disso, não pode mudar de endereço sem comunicar a Justiça nem frequentar o sistema penitenciário enquanto estiver com a carteira da Ordem suspensa.

No dia da prisão, câmeras de segurança registraram a ação criminosa do advogado. Ao perceberem a movimentação e realizarem vistoria no local, os agentes encontraram o tablete de 15x8cm, com peso aproximado de 250g.

Segundo apurou a reportagem, a droga foi deixada ali para que um preso, responsável pela limpeza do ambiente, buscasse a substância no momento da retirada do lixo. A direção do presídio já está revendo o procedimento a fim de inibir que este tipo de esquema de consolide na sistema.

Veja momento em que advogado esconde a droga:

 

Um policial penal havia revistado visualmente o advogado, como de costume, e não identificou volume algum. Na sala onde a droga foi encontrada, ninguém havia entrado anteriormente e o defensor seria o primeiro a realizar atendimento no local naquele dia. Segundo apuração, ele apresentava comportamento atípico, inquieto e sempre olhando para o corredor.

Após o cliente preso chegar à sala, do outro lado do vidro, o advogado levantou a camisa e tirou um objeto de dentro da calça. Os dois homens, então, conversaram rapidamente, enquanto o defensor fica com a droga na mão. Em seguida, ele passa álcool em gel no recipiente, nas mãos, e se inclina para baixo da bancada, retornando sem o objeto.

Após a identificação do crime, ele foi encaminhado à 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião).

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