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Preso na Papuda, Henrique Pizzolato pede frutas e alimentação mais saudável

Solicitação foi feita a integrantes do Ministério Público Federal, que visitaram o ex-diretor do Banco do Brasil. Vistoria faz parte de acordo feito com a Itália

atualizado

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Pizzolato chega a Brasília
1 de 1 Pizzolato chega a Brasília - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Integrantes do Ministério Público Federal (MPF) estiveram nesta terça-feira (19/1) no Centro de Detenção Provisória (CDP), na Papuda, para verificar as condições em que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato está preso. A inspeção faz parte do compromisso assumido com a Itália de acompanhar o cumprimento da pena. Condenado na ação do Mensalão a 12 anos e sete meses de prisão, ele pediu maior variedade de frutas e alimentação mais saudável.

Apesar da solicitação, as condições foram consideradas adequadas. O grupo verificou as condições do pátio onde os presos tomam banho de sol, das celas e até de uma nova biblioteca que tem funcionado para Pizzolato oferecer aulas de alfabetização a outros presos.

Participaram da inspeção o secretário-adjunto da Secretaria de Cooperação Internacional (SCI), Carlos Bruno Silva, o subprocurador-geral da República e membro da Câmara de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional Carlos Vilhena Coelho, o secretário-executivo da mesma cmara, Marcelo Godoy, e a procuradora da República Michele Rangel de Barros.

Vistoria
Condenado por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi extraditado da Itália em 23 de outubro de 2015. Antes da sua chegada, o MPF realizou uma vistoria detalhada para se certificar de que as condições de saúde e segurança atendiam os padrões exigidos para a extradição e, depois, fez a primeira inspeção em 10 de novembro do ano passado, concluindo pelo respeito aos direitos fundamentais dos presos.

Na ala visitada estão os presos considerados vulneráveis, por serem idosos ou correrem riscos em outras alas do presídio. Com perfis de crimes variados, só não podem ficar no local aqueles condenados por tráfico de drogas e associação criminosa.

Pizzolato divide cela com o publicitário Ramon Hollerbach, também condenado no Mensalão, e tem mantido um bom relacionamento com os outros presos.

Pela quantidade de idosos e considerando que muitos apresentam problemas de saúde, Pizzolato pediu maior variedade de frutas e alimentação mais saudável. Ao responder sobre assistência médica, ele informou que a situação está tranquila, mas que há uma preocupação com eventuais emergências.

Assistência religiosa
Sobre uma declaração anterior para ter mais assistência religiosa, Pizzolato disse que os presos têm organizado dois cultos semanais entre eles e que, na última visita do mês, as famílias também participam, mas que seria interessante que associações religiosas se voluntariassem para ministrar as cerimônias.

Por fim, ressaltou que, embora não seja seu caso, há cerca de dez presos sem advogados constituídos e que seria interessante que lhes fosse proporcionada a assistência jurídica. O Ministério Público Federal encaminhará relatório sobre a visita para as autoridades envolvidas na execução penal, inclusive Defensoria Pública do Distrito Federal, para as medidas necessárias. (Com informações do MPF)

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