Preso há mais de 1 ano, pedófilo da Asa Norte ainda não foi julgado
Daniel Moraes Bittar foi preso em junho de 2023 por sequestrar e abusar de uma menina de 12 anos
atualizado
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Há pouco mais de um ano, o Distrito Federal acompanhou o desenrolar do sequestro de uma menina de 12 anos na saída da escola, no Entorno do DF. A vítima foi encontrada horas depois em um apartamento na 411 Norte, após ser abusada sexualmente. Os autores dos crimes, Daniel Moraes Bittar e Gesiely de Sousa Vieira, seguem presos aguardando julgamento.
O processo segue em segredo de Justiça no 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Brasília.
A última atualização pública é de fevereiro deste ano e indica que Daniel e Gesiely já estariam passando por audiências de instrução — etapa do processo penal feita para colher todas as provas das partes e todos os depoimentos das testemunhas, a fim de instruir o caminho do acusado ao julgamento. Ela é feita em uma sessão pública e é comandada por um juiz.
O crime ocorreu em junho de 2023, e os dois foram denunciados pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) no mês de seguinte.
Eles respondem pelos crimes de cárcere privado qualificado e estupro de vulnerável. Procurada, a defesa não quis se manifestar.
Relembre o caso
À Polícia Civil do DF (PCDF) os acusados teriam detalhado como foi a abordagem à vítima. Antes de sair de casa, Daniel ligou para a comparsa. No mesmo dia, os dois tentaram aliciar uma menina de 14 anos, abordagem que não teria dado certo. Diante da frustração, os dois partiram para uma ação “mais repentina”.
De forma premeditada, os dois rodaram no Jardim Ingá em busca de uma vítima para sequestrar e estuprar. Uma menina de 12 anos andando sozinha foi vista e, neste momento, Daniel puxou a adolescente pelo braço e Gesiely lhe tapou a boca, aplicando clorofórmio para dopá-la.
A menina, então, foi levada a um matagal. “Neste local, os acusados teriam descartado o celular dela para evitar que fosse rastreado”, informou o delegado responsável pela investigação.
De acordo com os depoimentos, os dois tentaram tapar a boca da garota com um fita, conhecida como silver tape, mas ela estaria vomitando muito.
A garota foi colocada em uma mala de viagem. Em seguida, Daniel deu carona para Gesiely até a casa dela, na Cidade Ocidental, e partiu para seu apartamento, na 411 da Asa Norte.
Apartamento
O apartamento do pedófilo na Asa Norte escondia uma série de apetrechos. Entre os itens apreendidos, estão algemas, fitas adesivas e um frasco de clorofórmio, químico usado para dopar a vítima.
No imóvel, o pedófilo também armazenava uma série de objetos sexuais, correntes e até armas de choque, popularmente conhecida como taser.
Localização da vítima
Por volta das 18h, um tio da vítima que trabalha na Polícia Militar de Goiás (PMGO) acionou o Serviço de Inteligência da corporação e passou a refazer os caminhos da menina, desde que saiu da escola.
Perto da casa da família da criança, as equipes policiais encontraram câmeras de segurança que mostraram o veículo descrito por testemunhas como o usado por Daniel.
Policiais do 20º Batalhão da PMGO, em Valparaíso (GO), comunicaram o caso à Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que ajudou a identificar o endereço dos criminosos, por meio da placa do veículo.
No local descoberto, os militares das duas unidades da Federação subiram ao apartamento do pedófilo, que atendeu a porta de cueca. Após ser questionado sobre o carro e de quem seria uma mochila encontrada no veículo dele, ele confessou ter sequestrado a garota.