Investigado, coronel da PM diz que efetivo convocado para 8/1 era “razoável”
Ex-comandante do 1º CPR da PMDF afirmou à PF que o efetivo escalado era razoável para a segurança da manifestação prevista para 8/1
atualizado
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O coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional (1º CPR) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que o efetivo da corporação escalado para trabalhar no dia 8 de janeiro era “razoável para a segurança da manifestação prevista”.
Casimiro está no processo do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a possível omissão de autoridades durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
*Na primeira versão desta matéria, havia informação de que o coronel estava entre os presos pela PF. Porém, o militar não chegou a ser preso e apenas está no processo que investiga a possível omissão de autoridades durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Em depoimento à PF, o coronel declarou que ele mesmo chegou a solicitar o apoio de forças especializadas, do Batalhão de Choque, da cavalaria e das unidades de trânsito para o dia 8. Casimiro defendeu que o quantitativo de policiais na área não era baixo “para as informações recebidas previamente”.
Ele ainda afirmou que, até o momento em que os vândalos rompem a linha da PM, as informações que chegavam aos superiores eram de que o “estado de ânimo dos manifestantes era calma”. O ex-comandante ainda defendeu que, por haver superiores na Praça dos Três Poderes durante os atos de vandalismo, ele não assumiu o comando das operações.
A partir do início das invasões dos prédios dos Três Poderes, Casimiro afirmou à PF que “ouviu dizer” que 2 mil policiais militares foram convocados.
Em relação à ação dos PMs, o coronel afirmou que não percebeu desinteresse na contenção dos extremistas ou prática de sabotagem por parte dos militares. Ele afirmou que “precisa analisar as imagens para avaliar se alguns policiais agiram em desacordo com as diretrizes de segurança”, mas ressaltou que, se houve descaso de algum policial, “foi um caso isolado e pontual”.