Preso com facão e estilingue no 8/1 disse que queria protestar contra lei que não existe
Mecânico e morador de Mato Grosso, ele estava com facas e informou à polícia que queria protestar contra uma lei, que sequer existe
atualizado
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Um dos presos pelos atentados contra a democracia no 8 de Janeiro estava armado com um facão, uma faca, dois estilingues e várias esferas de ferro, para protestar, segundo ele, contra uma lei. Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, o bolsonarista disse que se revoltou e resolveu ir até Brasília protestar contra a lei aprovada que impede que se fale mal de políticos. No entanto, não há nenhuma legislação sobre o tema.
O preso é um mecânico de 51 anos, morador de Campo Verde (MT). Ele acabou detido por policiais militares na Esplanada dos Ministérios durante as invasões e tentativa de golpe. A PM encontrou uma faca na cintura do homem e uma mala, onde ele guardava o facão de 30 centímetros, os estilingues e uma lata com as esferas de ferro.
Ele saiu de carro de Mato Grosso, seguindo um comboio, e chegou em Brasília em 6 de janeiro, indo direto para o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército. Em depoimento, o mecânico disse ser um “patriota” que queria protestar por liberdade, por não aceitar um novo governo e contra a “lei aprovada que impede que se fale mal dos ministros e dos governantes”, o que é uma notícia falsa.
Questionado sobre o armamento, disse que o facão seria para “ajeitar a barraca” no QG e o estilingue “para se defender dos esquerdistas”, caso fosse atacado.