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Presidente do Metrô-DF: “100% da frota está segura para a sociedade”

O presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral, afirmou que “100% da frota está segura para a sociedade usar”, após incêndio aringir trem

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1 de 1 Metrô - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Handerson Cabral, diretor-presidente da Companhia Metropolitana do Distrito Federal (Metrô-DF), afirmou que “100% da frota está segura para a sociedade usar” neste domingo (14/7). Horas antes, no começo da noite do dia anterior, um trem pegou fogo na Estação 114 Sul. O incidente interrompeu a circulação em todas as estações da Asa Sul.

O veículo que passou pelo incidente fazia parte dos primeiros modelos entregues pela fabricante ao sistema e tinha entre 27 e 30 anos de operação. O órgão garantiu que o trem podia ser usado e estava com a manutenção totalmente em dia, assim como o resto da frota utilizada na capital federal.

“Você vai perguntar ao presidente:  ‘É uma incoerência, né? Se ontem um trem pegou fogo e dizer que 100% da frota está segura para usar?’. Mas 100% da nossa frota está com a manutenção 100% em dia. Então, a fatalidade está escondida num lugar que a gente não consegue ver. Ontem, a fatalidade estava escondida em algum componente dentro do carro número 3 que gerou esse incêndio”, comenta o presidente do Metrô-DF.

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CBMDF enviou cinco viaturas para o combate
Veja como ficou o vagão de trem que pegou fogo no Metrô-DF
Trem havia saído da Estação Central há pouco tempo
Bombeiros mantiveram as chamas em um só vagão e neutralizaram o incêndio em seguida
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Já o vagão queimado neste mês terminou nesse estado

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CBMDF enviou cinco viaturas para o combate

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Veja como ficou o vagão de trem que pegou fogo no Metrô-DF

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Trem havia saído da Estação Central há pouco tempo

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Bombeiros mantiveram as chamas em um só vagão e neutralizaram o incêndio em seguida

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O metrô teve um foco de incêndio na Estação 114 Sul. O fogo acabou interrompendo a circulação em todas as estações da Asa Sul. “Esse trem que foi incendiado é da série 1000, que faz parte do conjunto dos primeiros 20 trens que foram entregues logo no início do funcionamento do metrô. O trem de janeiro, que também teve um dos seus carros incendiados, também é um trem da série 1000”, disse Cabral.

Em média, os vagões desse tipo possuem uma vida útil de 45 anos, informou a empresa. O diretor da companhia afirmou que mantém contato com a fabricante dos veículos e planeja que seja uma inspeção mais detalhada seja feita com o objetivo de determinar, eventualmente, um novo programa de manutenção ou reabilitação.

“Para que a gente possa primeiro identificar se é um componente, se é algum sistema que tem causado esse tipo de incidente. Identificado essa causa, a gente planejar juntamente com o fabricante uma substituição de peças, componentes, modernização”, alega. Ele também aponta que não houve risco para os usuários nas ocorrências de incêndio. Atualmente, a companhia gasta cerca de R$ 150 milhões com a manutenção dos veículos e das linhas utilizadas.

Incêndio na Asa Sul

Metrô-DF esclareceu que o trem apresentou falha na Estação 110 Sul e foi evacuado. Ao chegar à Estação 114 Sul, enquanto levava o veículo vazio para a estação de manutenção, o piloto percebeu ainda sinais de fumaça, e a via foi desenergizada. Foi constatado o início de um foco de incêndio em um dos vagões.

“Naquele momento nós fechamos toda a operação do metrô dentro da Asa Sul porque o trem estava parado lá na estação 114. Ainda tinha uma presença de fumaça no túnel e precisava ser eliminada em função dos sistemas de exaustão que funcionam. Nós precisávamos também recolher aquele trem que estava parado na plataforma para trazer ele aqui para a área de manutenção”, conta o presidente do Metrô-DF.

Imagens que circulam nas redes sociais exibem uma nuvem de fumaça ao redor da Estação 114 Sul. O Metrópoles obteve imagens de como ficou o vagão de trem que pegou fogo.

Veja:

De acordo com o Metrô-DF, ninguém se feriu. A circulação seguiu interrompida até as 22h, quando o sistema foi totalmente noramlizado.

O CBMDF foi acionado para combater as chamas, evitando que o fogo se espalhasse para mais de um vagão. A perícia de incêndio da corporação vai investigar as possíveis causas do incêndio. Haverá também uma análise da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O veículo que pegou fogo ontem voltará a ser utilizado em 30 dias, sem prejuízos para a frota que vai usar um trem reserva para substitui-lo.

“Nós estamos avaliando uma alteração dentro desse procedimento. Se houve um sinal de fumaça, como aconteceu em janeiro e como aconteceu ontem, o trem não só será desenergizado. O trem todo será desligado e ele vai permanecer na linha onde é que ele estiver, seja na estação, seja em situação de manobra, para que a equipe de manutenção possa ir até o trem, fazer uma avaliação mais profunda e autorizar, então, a retirada do trem do local”, expõe Cabral.

Outro trem pegou fogo em janeiro

No início deste ano, um vagão do metrô pegou fogo entre as estações Concessionárias e Águas Claras. Após a fumaça e o acionamento por meio do botão de alerta, o trem com problema seguia para o pátio do Metrô-DF, mas, após passar pela estação Águas Claras, começou o fogo. Ninguém ficou ferido.

“As causas do incêndio, naquele caso, foi por desequilíbrio dentro do armário elétrico, que é um dispositivo que fica dentro de cada um vagão. Foi o que gerou a fumaça e como o sistema ficou energizado, os insufladores, que trazem ventilação para dentro do trem, fez aquele vento alimentar”, comenta o presidente do Metrô-DF.

Segundo Handerson Cabral, houve aprendizado com o evento e gerou mudanças nos programas de manutenção: “Usando os sistemas de câmera térmica, aqueles equipamentos que acharam necessidade de trocar, nós trocamos, principalmente, alguns disjuntores dentro do sistema de armário elétrico para poder reforçar a segurança e fizemos uma mudança dentro do procedimento operacional que foi relacionada ao isolamento elétrico dos carros”.

O piloto da composição do metrô que desembarcou passageiros ao sentir cheiro de fumaça e perceber que alguém havia acionado o botão de alerta pode ter evitado um acidente com consequências drásticas. No entendimento de colegas do profissional, que não teve o nome divulgado, ele “foi um herói”.

“Ele identificou a falha e pediu para que fosse evacuado na estação Arniqueiras. O que aconteceu foi um milagre graças ao compromisso do funcionário com o serviço e com os usuários”, destacou o Sindicato dos Metroviários (SindMetrô), em nota.

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