Presidente do Cidadania diz que fala de Belmonte “não representa o partido”
Roberto Freire comentou sobre a fala de Paula Belmonte sobre a presença dos pais nos atos bolsonaristas no QG do Exército
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, repudiou a fala da distrital Paula Belmonte (Cidadania) feita no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta quinta-feira (16/3). Na ocasião, Belmonte afirmou que os pais dela participaram de atos promovidos por grupos de apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
Ao Metrópoles, Freire afirmou que o posicionamento da parlamentar em relação aos atos “não representam o partido”.
“Não representa em nada o pensamento do partido. Ela fala querendo defender os pais. Infelizmente, ela imagina que, com isso, está defendendo o pai e a mãe, mas isso, de qualquer forma, ofende a nós”, disse Freire.
O presidente da sigla afirmou que não tomará nenhuma atitude contra Belmonte, mas reforçou que o pensamento não condiz com o que pensa o Cidadania. “O partido respeita a opinião dela”.
Relembre
A fala da deputada causou repercussão nesta quinta. “Quero registrar que [entre] os manifestantes podia ter pessoas fazendo quadrilha, que não estavam fazendo o bem, mas tinha muitas pessoas, e digo meu pai e minha mãe, que estavam ali rezando, orando e que não são terroristas, não são golpistas”, argumentou.
Paula também questionou o rótulo de “terrorista” usado para se referir aos bolsonaristas, pois, segundo ela, os policiais não encontraram armas com a maioria dos presos após o 8 de janeiro.
A declaração ocorreu durante depoimento do coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar (PMDF), detido e investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Estamos falando de um comandante preso, que não sabe por que está preso”, acrescentou a deputada distrital.