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Presidente da Caesb: “Não existe possibilidade de racionamento no DF”

Luís Antônio Almeida Reis garante que não há risco de racionamento de água. Empresa avalia que a situação hídrica do DF é estável

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Luís Antônio Reis é o novo presidente da Caesb - Metrópoles
1 de 1 Luís Antônio Reis é o novo presidente da Caesb - Metrópoles - Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Apesar da intensa seca que assola Brasília, o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Luís Antônio Almeida Reis, garante que não há risco de racionamento de água na capital federal. A empresa considera que a situação hídrica do DF é estável, já que as situações dos reservatórios, principalmente no Rio Descoberto, estão em níveis aceitáveis. Segundo Reis, isso ocorre porque existem novos sistemas de abastecimento, como o de Corumbá e o do Lago Norte.

Até a tarde dessa sexta-feira (13/9), o nível da Barragem do Descoberto estava em cerca de 80%, enquanto o de Santa Maria se aproximava dos 45%. Os índices estão bem acima do registrado em 2016, quando a seca provocou o primeiro racionamento de água em Brasília.

“Nós temos 30% a mais de produção de água do que a gente tinha naquela época. Hoje, a gente tem mais de um R$ 1 bilhão em investimento para a interligação dos sistemas. Então, nós temos uma reserva e uma capacidade de manobra do sistema que é muito maior do que a gente tinha naquela época. É com muita tranquilidade que eu falo: não existe possibilidade de racionamento no Distrito Federal com o que nós já temos hoje”, afirma Reis.

O presidente ressalta que o nível do reservatório de Santa Maria está um pouco mais baixo do que nos últimos cinco anos, porque as chuvas atrasaram no ano passado, não permitindo que o reservatório se recuperasse totalmente. Para contornar a situação, a Caesb tem utilizado o reservatório com parcimônia, focando mais outras fontes de água disponíveis.

O local está situado em uma área de proteção ambiental, no meio do Parque Nacional, e não sofre influência da urbanização. No entanto, a bacia que o alimenta é pequena, o que contribui para a menor capacidade de recuperação em períodos de seca. Dito isso, a Caesb pretende transformar o reservatório de Santa Maria em um “cofre” de água, utilizando-o apenas em algumas situações. Para isso, estão sendo realizados investimentos na intenção de garantir que o reservatório se mantenha sempre abastecido.

“O que a gente fez foi usar o Santa Maria com mais parcimônia, usamos mais as outras fontes. Como a gente tem outras fontes hoje disponíveis, a gente pode fazer isso. No ano que vem, a gente vai poder fazer ainda mais, porque nós vamos terminar uma obra de interligação do sistema Descoberto com o sistema do Plano Piloto. Será possível fazer a alimentação aqui do Plano Piloto pelo sistema do Descoberto e do Corumbá. Com isso, vamos conseguir preservar mais o Santa Maria”, comenta.

Situação em Brazlândia

A Caesb interrompeu o fornecimento de água em algumas quadras de Brazlândia nessa quinta-feira (12/9). A medida só foi tomada, segundo a companhia, devido às altas temperaturas e à baixa umidade que atingem o DF. Isso fez com que houvesse redução significativa da quantidade de água que chega à captação Barrocão, que alimenta a cidade.

Os problemas foram pontuais e ocorreram sobretudo em Brazlândia, pois a cidade possui um sistema de água isolado, não conectado diretamente aos outros reservatórios do Distrito Federal. De acordo com Luís Antônio, ainda que Brazlândia esteja localizada em território próximo à barragem do Descoberto, a região está situada em uma área mais alta, enquanto a captação de água só pode ser feita em um ponto mais baixo. Ele garante que, nessa sexta-feira (13/9), a situação estava normalizada.

O sistema isolado em Brazlândia é alimentado pelos córregos Barrocão e Capão, e um novo sistema de captação deve ser inaugurado em breve. Planaltina e São Sebastião também possuem sistemas de abastecimento de água isolados, semelhantes ao de Brazlândia, e também estão suscetíveis às dificuldades pontuais no abastecimento dessas regiões.

“Nós estamos passando por um período de seca extraordinariamente longo, diferente de outros anos, quando choveu um pouquinho em agosto, setembro. Ainda não tivemos chuva depois que começou a seca. Estamos com quase 150 dias de seca. Enfim, é um fato. E esses córregos abastecem as captações da Caesb e os terrenos de vários produtores agrícolas que têm naquela região e que também as utilizam”, ressalta Reis.

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Orientação é evitar atividades ao ar livre no período

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A empresa garante que está investindo na interligação dessas regiões com os outros sistemas do Distrito Federal, o que deve solucionar o problema de abastecimento a longo prazo. Ainda assim, é necessário evitar sempre o desperdício de água. “O nosso recado é o uso consciente da água, muito mais nesta época que a gente está agora, que é uma época de seca prolongada. Sem preocupação com racionamento, sem preocupação com falta d’água nos reservatórios”, finaliza o presidente da Caesb.

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