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Preservação de monumentos turísticos do Distrito Federal deixa a desejar

O Metrópoles visitou 10 espaços da cidade e verificou que metade deles não se encontra em boas condições

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Fotos: Michael Melo/Metrópoles
Catedral
1 de 1 Catedral - Foto: Fotos: Michael Melo/Metrópoles

Considerada um museu a céu aberto, Brasília conta com construções monumentais — como o próprio nome da avenida que corta a capital. O Metrópoles visitou 10 pontos turísticos que são referência e constatou que a cidade não pode ser considerada um exemplo quando o assunto é a manutenção de seus edifícios.

 

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Fios desencapados dentro do espelho d'água da Catedral Metropolitana
Revestimento em mármore danificado na chama eterna do Panteão da Pátria
Canos de gás expostos na chama eterna do Panteão da Pátria
Péssimo acabamento na pintura dos arcos da Ponte JK
Grade de segurança da Ponte JK está arrebentada
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Vitrais sujos da Catedral Metropolitana

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Fios desencapados dentro do espelho d'água da Catedral Metropolitana

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Revestimento em mármore danificado na chama eterna do Panteão da Pátria

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Canos de gás expostos na chama eterna do Panteão da Pátria

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Péssimo acabamento na pintura dos arcos da Ponte JK

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Grade de segurança da Ponte JK está arrebentada

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Fachada do Catetinho, feita em madeira, está com a pintura desgastada pelo tempo

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Rachaduras nos batentes das portas do Catetinho

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Maquete do Espaço Lúcio Costa aparenta desgaste e tem peças empenadas

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Em cinco dos locais visitados, verificou-se fachadas sem cuidados e espaços danificados. Localizado na Praça dos Três Poderes, o Espaço Lúcio Costa exalava um cheiro desagradável, capaz de gerar repulsa em qualquer visitante. A maquete da cidade, principal atração do ambiente, aparentava estar bastante desgastada, com peças empenadas.

Próximo ao museu, fica o Panteão da Pátria – conhecido pela chama eterna, que representa a independência do país. Mas eternidade não é sinônimo de conservação. O mármore que reveste a estrutura externa da tocha está desgastado, com algumas placas quebradas. Após subir 57 degraus para alcançar a chama, o visitante ainda se depara com muros pichados e marcas de tinta até mesmo na estrutura metálica que dá suporte ao símbolo nacional.

A Ponte JK, local que rende bastante cliques pelos amantes da cidade, está com a estrutura de ferro enferrujada e péssimo acabamento na pintura dos arcos. Além disso, a grade de segurança da passarela de pedestres está violada ao longo do caminho que cruza o Lago Paranoá.

O Catetinho, por sua vez, apresenta rachaduras nos batentes das portas. A pintura da fachada, feita em madeira, foi desgastada pelo tempo. Um funcionário do espaço, que não quis se identificar, afirmou que o investimento não é suficiente para todos os projetos do local. “Antigamente, a gente tinha orçamento para fazer folders. Hoje, isso não é nem cogitado, o que é uma pena”, lamenta.

Ele ainda explica que o governo levou diversas peças para restauração há mais de dois anos e que ainda não foram devolvidas. “Não sabemos o que aconteceu. Se foram para o Memorial JK ou se estão guardadas em algum depósito”, revela.

Nem mesmo a Catedral Metropolitana, grande símbolo da cidade, escapou dos descuidos. Apesar de atrair turistas do mundo inteiro, a construção está rodeada de lixo e seus majestosos vitrais encontram-se empoeirados. O espelho d’água reflete os problemas: além de poluída, a água abriga refletores de luz com fios desencapados até a data da visita.

O espaço é mantido pela Arquidiocese de Brasília e administrado pelo padre George Albuquerque há cinco anos. O pároco alega que a limpeza do templo é feita diariamente, e a do espelho d’água é realizada uma vez por semana. “O lodo fica acumulado por conta das chuvas, mas a água é tratada com cloro semanalmente”, justifica. Ele conta que o custo mensal para manter o espaço é de aproximadamente R$ 40 mil, quantia recebida da comunidade. “Geralmente, o que sustenta uma igreja é o dízimo e a coleta. Também direcionamos o dinheiro dos casamentos de sexta e sábado para a manutenção”.

As boas surpresas ficam por conta da Concha Acústica, do Espaço Israel Pinheiro, do Palácio do Planalto e dos memoriais JK e dos Povos Indígenas. Nesses locais percebe-se a fachada preservada, salas limpas e receptivas, com pinturas e bom acabamento. “Funcionamos com uma média de R$ 20 mil por mês. Se tivéssemos mais recursos, poderíamos abrir também aos finais de semana, mas a estrutura ainda não é suficiente”, destaca José Alves, administrador do Espaço Israel Pinheiro.

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Memorial JK
Memorial dos Povos Indígenas
Memorial dos Povos Indígenas
Espaço Israel Pinheiro
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Memorial dos Povos Indígenas

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Espaço Israel Pinheiro

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Espaço Israel Pinheiro

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Palácio do Planalto

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Sem orçamento
Responsável pela manutenção do Catetinho, do Memorial dos Povos Indígenas e da Concha Acústica, a Secretaria de Cultura do Distrito Federal afirma não ter orçamento destinado à conservação dos espaços. “A melhoria ocorre quando esses locais recebem projetos privados, que se responsabilizam por todo o arranjo. Não temos dinheiro”, explica Ione Carvalho, subsecretária de patrimônio do DF.

O Metrópoles entrou em contato com os órgãos responsáveis pelos outros espaços, mas até o momento não obteve resposta.

 

Serviço

  • Catedral Metropolitana

Endereço: Esplanada dos Ministérios, lote 12
Horário de funcionamento: das 8h às 17h. Sábado até as 20h. Domingo até as 19h
Entrada gratuita

  • Catetinho

Endereço: BR-040, km 0 – Gama
Horário de funcionamento: das 9h às 17h (fecha segunda)
Entrada gratuita

  • Concha Acústica

Endereço: Setor de Hotéis de Turismo Norte – Vila Planalto
Horário de funcionamento: depende do evento

  • Espaço Israel Pinheiro

Endereço: Praça dos Três Poderes, lote M – Esplanada dos Ministérios
Horário de funcionamento: das 8h às 12h e das 14h às 18h (fecha sábado e domingo)
Entrada gratuita

  • Espaço Lúcio Costa

Endereço: Praça dos Três Poderes, subsolo – Esplanada dos Ministérios
Horário de funcionamento: das 9h às 18h (fecha segunda)
Entrada gratuita

  • Memorial JK

Endereço: Eixo Monumental – Praça do Cruzeiro
Horário de funcionamento: das 9h às 18h (fecha segunda)
Preço: R$ 10

  • Memorial dos Povos Indígenas

Endereço: Eixo Monumental
Horário de funcionamento: das 9h às 17h (fecha segunda)
Entrada gratuita

  • Palácio do Planalto

Endereço: Praça dos Três Poderes – Esplanada dos Ministérios
Horário de visitação: das 9h30 às 14h (somente aos domingos)
Entrada gratuita

  • Panteão da Pátria

Endereço: Praça dos Três Poderes – Esplanada dos Ministérios
Horário de funcionamento: das 9h às 18h (fecha segunda)
Entrada gratuita

 

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