Prefeituras da Asa Norte organizam vaquinha para ajudar Hran com EPIs
Na apresentação da campanha, conselho alega falta desses equipamentos para os profissionais da linha de frente; GDF nega
atualizado
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O Conselho Comunitário da Asa Norte (CCAN), que reúne prefeituras de superquadras da região, organizou uma campanha de financiamento coletivo para ajudar o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) a comprar equipamentos de proteção individual (EPIs).
A ação tem a meta de arrecadar R$ 10 mil, conforme a página da campanha. Até a noite deste domingo (7/3), tinham sido doados R$ 870. Segundo o texto de apresentação da iniciativa, a variante brasileira da Covid-19 é uma preocupação para os moradores da Asa Norte e do restante do Distrito Federal.
“A situação se agravou com a chegada da variante do vírus, conhecida como amazônica, que é mais resistente. O Hospital da Asa Norte é o centro de referência no tratamento da Covid-19, faz parte do SUS e da nossa cidade”, afirma.
O conselho pede qualquer quantia para ajudar os profissionais do hospital, e afirma que, “neste momento, faltam diversos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) [na unidade de saúde]”.
Procurada, a Secretaria de Saúde (SES) informou que não há falta de EPIs na rede pública. “Há em estoque luvas, aventais cirúrgicos, macacões, máscaras cirúrgicas e N95”, assegurou a pasta.
Ainda de acordo com a SES, apenas o estoque de aventais descartáveis está baixo, mas com processo de aquisição em andamento. A secretaria diz ainda que esses aventais estão sendo substituídos por outros aventais e macacões.
A pasta afirma que todas as doações são bem-vindas, mas as campanhas são feitas de forma voluntária e espontânea, sem haver qualquer vínculo com a Secretaria de Saúde.
“Zona de guerra”
Nessa sexta-feira (5/3), o presidente e o vice-presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren) denunciaram situação de calamidade no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Em vídeo, o presidente da entidade, Elissandro Noronha, relatou haver 70 pacientes na fila para atendimento na unidade de saúde pública, além de ter observado atendimento de pessoas internadas no chão.
Em gravação, ele disse que o pronto-socorro do Hran se transformou em uma “zona de guerra”. “Todos os leitos estão ocupados. Estão atendendo pessoas no chão. Não tem equipamento reserva para as pessoas intubadas. Pedimos socorro”, disse.