Prédios vizinhos à cratera que se abriu na Asa Sul são evacuados
Defesa Civil isolou a área para manter perímetro de segurança. Deslizamento aconteceu por volta das 16h desta terça-feira (10/12/2019)
atualizado
Compartilhar notícia
A cratera que se abriu na altura da 709/909 Sul na tarde desta terça-feira (10/12/2019) provocou prejuízos a prédios vizinhos. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, os prédios do Biocenter e da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape), ao lado do local onde ocorreu o deslizamento, foram evacuados.
A Defesa Civil também interditou parte da área para manter um perímetro de segurança. A área isolada abrange o estacionamento comum aos três prédios que estão nos arredores da cratera, que, segundo os bombeiros, tem cerca de 10 metros.
O deslizamento arrastou quatro carros que estavam estacionados no local, por volta das 16h. O canteiro de obras fica em frente à Cultura Inglesa e próximo ao Centro de Ensino Fundamental Caseb, além de edifícios comerciais. Não houve feridos.
Os prédios, que têm diversos consultórios médicos, não poderão atender os pacientes nesta terça ou até ordem posterior, que garanta a segurança das pessoas. Psicólogos, cardiologistas e outros profissionais começaram a mandar mensagens para os pacientes informando sobre o problema.
Segundo o tenente Walmir Oliveira, do Corpo de Bombeiros, houve a ruptura de uma tubulação de águas pluviais, a água encharcou o solo e provocou excesso de carga na parede.
“Os carros estavam estacionados ao longo do tapume, o que é uma situação completamente corriqueira. Quando o terreno cedeu, os veículos caíram. Até o momento, conseguimos identificar três proprietários e, a princípio, não há vítimas.”
“A cena é bastante insegura. A edificação ao lado foi evacuada e permanece interditada. Os veículos próximos serão retirados paulatinamente pelos próprios bombeiros”, acrescentou o militar.
Na internet, trabalhadores de um dos prédios ao lado publicaram vídeo informando que evacuariam a edificação com medo de que o solo cedesse.
A empreiteira responsável pela obra, D&B Construtora e Incorporadora, se manifestou por meio do engenheiro da obra, Carlos Medeiros. “A empresa já tem mais de 30 anos de atividade e mais de 200 obras no Distrito Federal. Trabalhamos como sempre fizemos e, em todo esse tempo, nunca tivemos problemas desse tipo”, disse. Medeiros acrescentou que será erguido um centro clínico no local.
Veja:
A Defesa Civil orienta a população a evitar a W4 e a W5 na altura da 709/909 e pediu ao Departamento de Trânsito (Detran-DF) a redução do tráfego para evitar sobrepeso na W4. Também por determinação do órgão, o expediente de estabelecimentos que ficam próximos ao local foi encerrado mais cedo.
A rua em frente ao buraco permanecerá isolada até a liberação pela Defesa Civil. A empresa foi notificada e deverá começar os reparos na estrutura nesta quarta-feira. “Esses reparos terão de ser feitos não só para corrigir, como para evitar novos danos”, disse o tenente Walmir Oliveira, do Corpo de Bombeiros.
Drama no Sol Nascente
Nesta terça-feira (10/12/2019), o Metrópoles relatou o drama da família de Maria Aparecida Pereira de Souza, 44 anos. Moradora de área de risco, a diarista ficou desabrigada após a residência que batalhou para construir ir abaixo. Erguido sobre a rede pública de esgoto, o imóvel foi engolido, no último sábado (07/12/2019), por uma erosão provocada pela ruptura da tubulação.
Da casa onde a diarista morava com o marido e os dois filhos, restaram apenas um banheiro e um quarto. A família dividia o imóvel há nove anos. Em meados de 2010, Cida, como é conhecida, conseguiu juntar suas economias para comprar um lote na Chácara 91 do Sol Nascente.
Ao logo do período em que esteve no lote, a mulher diz ter investido pelo menos R$ 80 mil na casa simples. Com o dinheiro, ergueu dois quartos, cozinha, sala e banheiro. Era seu “sonho realizado”. Planejava investir em melhorias no imóvel quando foi surpreendida pela ruptura da tubulação de esgoto.