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Prédio que desabou no DF não tinha registro de construção do 5º andar

De acordo com o Crea-DF, o último documento relativo a contratos de execução de obra é de 2003. Último andar foi erguido em 2019

atualizado

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Prédio que desabou em Taguatinga
1 de 1 Prédio que desabou em Taguatinga - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF) informou nesta segunda-feira (10/1) que não há registro na entidade a respeito da construção do 5º andar do prédio que caiu parcialmente em Taguatinga Sul na última quinta-feira (6/1). Por meio de nota oficial, a instituição disse que o último documento relativo a contratos de execução de obra no local é de 2003.

O documento, ao qual o Crea se referiu, chama-se Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). É ele que define quem é o engenheiro responsável pela execução da obra. Sem ele, não é possível conseguir, por exemplo, o alvará de construção.

Conforme explica a entidade, há apenas três documentos dessa natureza nos arquivos: um de 1999, outro de 2001 e o último, de 2003.

“As anotações localizadas tratam de projetos e execução de obras de ampliação do edifício e registram o total de 4 (quatro) pavimentos. […] Os documentos registrados no Crea-DF não citam o 5º pavimento da edificação, construído há aproximadamente três anos, conforme relatos dos moradores da região”, diz a nota.

Mesmo apontando uma irregularidade grave, o Crea evitou dar um parecer sobre o que pode ter causado a queda do edifício. Disse que só é possível afirmar qualquer coisa “após a realização de perícias e laudos técnicos”.

Confira a nota na íntegra:

Nota Oficial – Desabamento de Edifício Em Taguatinga by Metropoles on Scribd

Ainda nesta segunda, o responsável pelo prédio divulgou comunicado no qual diz que não há registros oficiais de furtos às unidades do edifício. Segundo a nota, além do monitoramento do local pela Polícia Militar do DF (PMDF), há um profissional de segurança privada contratado para garantir que isso não ocorra.

Quem também se manifestou foi o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O órgão informou que apurará, por meio da Promotoria de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), o caso. Na oportunidade, ainda chamou a atenção de moradores de demais edifícios para que verifiquem nos cartórios de registro de imóveis e na Secretaria de Habitação do GDF a regularidade de suas residências.

Prédio também é irregular

O prédio não tinha alvará de construção ou carta de Habite-se, portanto, era irregular. A informação foi confirmada pelo Governo do Distrito Federal ao Metrópoles.

Ainda segundo o GDF, a obra não foi autorizada pela Central de Aprovação de Projetos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), e sequer houve solicitação de licenciamento para o projeto.

Defesa Civil avalia nesta terça se libera prédio que caiu no DF

A equipe de monitoramento do prédio que caiu parcialmente em Taguatinga Sul na última quinta-feira (6/1) utilizou drones para vistoriar a estrutura da edificação nesta segunda-feira (10/1). Na terça-feira (11/1), a Defesa Civil decidirá se o prédio será liberado para que profissionais possam resgatar pequenos pertences.

A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e pela Defesa Civil. A princípio, a estrutura seria interditada por 72h, mas o prazo foi estendido. Engenheiros da Novacap ainda analisarão as imagens coletadas pelo drone a fim de avaliar o impacto das águas das chuvas no prédio.

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Moradores desconfiavam de que o prédio desabaria
Os moradores seguem sem autorização para entrar nos apartamentos
Os engenheiros responsáveis pelo monitoramento e uma equipe de topografia farão uma avaliação comparativa do edifício para verificar se houve novos deslizamentos
Prédio que desabou fica em Taguatinga Sul
Os postos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e da Defesa Civil servirão de ponto de apoio a fim de recolher doações para os moradores
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O pedreiro Osmar Santos, 65 anos, voltou ao local nesta manhã com expectativa de recuperar os documentos

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Moradores desconfiavam de que o prédio desabaria

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Os moradores seguem sem autorização para entrar nos apartamentos

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Os engenheiros responsáveis pelo monitoramento e uma equipe de topografia farão uma avaliação comparativa do edifício para verificar se houve novos deslizamentos

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Prédio que desabou fica em Taguatinga Sul

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Os postos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e da Defesa Civil servirão de ponto de apoio a fim de recolher doações para os moradores

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Estrutura está sob avaliação da Defesa Civil, do CBMDF e de engenheiros privados

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Após avaliação da equipe, será divulgada a tomada de decisão

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Também nesta terça-feira (11/1), a Defesa Civil liberará parte da área em frente ao prédio para o Detran-DF refazer o balizamento e o SLU realizar a limpeza.

Defesa Civil descarta liberar prédio que caiu no DF: “Afundando”

Ainda não há prazo definido para que a guarnição do Corpo de Bombeiros entre no edifício a fim de resgatar pequenos pertences de moradores. Neste meio tempo, qualquer pessoa continua impedida de entrar no local.

Na manhã desta segunda-feira, a Defesa Civil divulgou que o prédio afundou 4 metros e inclinou 50 centímetros para frente. Toda a estrutura continua instável.

Registro de ocorrências

Ao menos 11 moradores do prédio, que caiu parcialmente em Taguatinga Sul, foram à 21ª Delegacia de Polícia nesta segunda-feira (10/1). De acordo com o delegado, até o momento foram registrados dois boletins de ocorrência.

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Segundo o delegado, por enquanto, dois boletins de ocorrência foram registrados
O responsável pelas investigações disse que não tem problema haver mais de um BO, e depois os moradores poderão juntar todas as informações em um só
Famílias ficaram sem nada após o desabamento parcial, e, por isso, o CBMDF pede doações a essa pessoas
Cristiane Nascimento, 43 anos, por exemplo, resolveu esperar até a data limite da Defesa Civil para ver se conseguiria reaver os pertences
Os órgãos que trabalham no local não deram prazo para, possivelmente, reaver pertences - mesmo que pequenos
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Ao menos 11 moradores do prédio, que caiu parcialmente em Taguatinga Sul, foram à 21ª Delegacia de Polícia nesta segunda-feira (10/1)

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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Segundo o delegado, por enquanto, dois boletins de ocorrência foram registrados

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O responsável pelas investigações disse que não tem problema haver mais de um BO, e depois os moradores poderão juntar todas as informações em um só

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Famílias ficaram sem nada após o desabamento parcial, e, por isso, o CBMDF pede doações a essa pessoas

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Cristiane Nascimento, 43 anos, por exemplo, resolveu esperar até a data limite da Defesa Civil para ver se conseguiria reaver os pertences

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Os órgãos que trabalham no local não deram prazo para, possivelmente, reaver pertences - mesmo que pequenos

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As vítimas continuarão hospedadas em hotéis, pagos pelo dono do prédio

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“Quem quiser registrar o próprio [BO] não tem problema. Para facilitar as buscas, e até a localização dos moradores. Depois eles podem unir tudo em uma ocorrência só”, explica.

Cristiane Nascimento, 43 anos, resolveu esperar até a data limite da Defesa Civil para ver se conseguiria reaver os pertences. “A gente entende que o prejuízo é grande, mas ninguém quer se aproveitar da situação. Como [os pertences] não vão ser retirados por agora, a gente tem que começar a ver a parte jurídica. Que é registrar uma ocorrência e procurar um advogado”, conta.

Cristiane Nascimento, 43 anos, é uma das moradoras que perdeu tudo após prédio desabar parcialmente

Segundo a moradora, a Defesa Civil fará a desocupação do imóvel ao lado (amarelo) antes de avaliar a situação da estrutura que cedeu parcialmente.

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