Preço da gasolina volta a cair em postos do Distrito Federal
Segundo presidente do Sindicombustíveis-DF, estabelecimentos “perderam o medo” de ficar sem combustível após volta no funcionamento de duto
atualizado
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Após uma série de aumentos nos últimos dias, os postos do Distrito Federal tornaram a abaixar o valor da gasolina. Entre os seis locais pesquisados pelo Metrópoles, em comparação com a semana anterior, a redução foi em média de quatro centavos. Em Taguatinga e no Lago Sul, o combustível pode ser encontrado a R$ 3,89, no débito e no dinheiro.
De acordo com Paulo Tavares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), a situação se trata de “pura guerra de preços”. Conforme ele explica, não houve queda no preço das distribuidoras, mas a normalização da operação do oleoduto que abastece a cidade regularizou a situação.
“Os postos já perderam o medo de ficar sem gasolina, com a volta do funcionamento”, diz. Na última semana, houve a interrupção temporária do fornecimento devido ao rompimento criminoso do duto de combustível (diesel e gasolina), em 12 de janeiro. “Esta época do ano é escassa em clientes. Portanto, os preços diminuíram novamente.”
Notificação do Procon
Em 16 de janeiro, o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) do Distrito Federal notificou 30 postos de combustíveis pela prática de preços abusivos. Cada estabelecimento escolhido por amostragem terá de se explicar em até 10 dias, prazo que termina no dia 26 deste mês. Os donos terão de apresentar as notas com preços de compra e venda da gasolina dois dias antes do aumento e dois dias depois.
O reajuste no preço dos combustíveis aconteceu depois da notícia de um furto de combustível após bandidos furarem um oleoduto que abastece a capital federal. A tubulação foi danificada no município de Araras (SP), e o abastecimento precisou ser suspenso por quatro dias para o conserto.
Após constatar o furto, a Transpetro divulgou nota negando qualquer risco de desabastecimento. Na ocasião, o Sindicombustíveis-DF também afirmou que a central de distribuição de Brasília tinha capacidade de estoque para toda a região.
“Se o órgão responsável negou desabastecimento e se ficar comprovado que o aumento foi meramente especulativo, poderá haver penalidade”, informou a assessoria do Procon. Alguns empresários adiantaram a justificativa dizendo que tiveram de fretar caminhões de outros estados para garantir o estoque.