Jarjour da Asa Norte suspende abastecimento e clientes fecham Eixinho
Gerência do estabelecimento proibiu a venda em galões. Quem estava a pé na fila se revoltou e disse que vetaria acesso de carros às bombas
atualizado
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Uma confusão no posto Jarjour no Eixinho Norte, altura da Quadra 206, interrompeu a venda de combustível para clientes, apesar de o estabelecimento ser um dos poucos do Distrito Federal onde ainda há gasolina.
Indignados, consumidores bloquearam o tráfego de veículos no Eixinho. Uma barricada foi montada. Por volta das 18h, a Polícia Militar interveio e liberou a pista.
Veja vídeo:
Desde a madrugada desta quarta-feira (30/5), duas grandes filas se formaram no local: uma de veículos, outra de consumidores com galões.
Por volta das 15h, a direção do posto proibiu a venda para quem estivesse a pé, o que revoltou os consumidores. Eles ameaçaram impedir os carros de abastecerem e a gerência do Jarjour decidiu suspender a comercialização para todos os clientes.
Valdemar Laurindo, 42, também ficou indignado. “Se quem está com galão não vai abastecer, os carros também não vão. Se precisar, vamos deitar na frente do posto”, afirma o autônomo, que chegou ao Jarjour às 10h30.“Tem gente desde as 5h da manhã aqui, é revoltante que nos proíbam de abastecer”, afirmou o empresário Flávio de Assis, 42 anos, que estava com um vasilhame e esperava desde o meio-dia.
“O pessoal que chegou com o galão estava furando fila. Não é justo e, para evitar confusão, suspendemos o atendimento”, disse Abdalla Jarjour, proprietário do posto.
No local, o litro da gasolina comum está custando R$ 4,789. Apesar de confirmarem que ainda há combustível nos reservatórios, funcionários não sabem ao certo quantos litros restam. O estabelecimento foi abastecido às 14h30 desta quarta (30), operou por meia hora e foi fechado.
O posto parou de abastecer em galão. Os funcionários estão com medo do que aconteceu em Taguatinga e na Asa Sul, onde frentistas acabaram apanhando e postos foram depredados. Se não pode vender no galão, também não pode vender para carros
Célio Dias, 45 anos, chefe de pista do posto
Segundo Abdalla Jarjour, foi estabelecido um limite de R$ 100 por cliente, que também estaria sendo desrespeitado. Ele afirma que, enquanto a confusão continuar, não haverá abastecimento e o estabelecimento não deve funcionar na sexta por conta do feriado. “Já liberei os funcionários. Amanhã ninguém trabalha e hoje não deve voltar também.”
Até as 17h10, não havia previsão de retomar as vendas.
Veja, em imagens feitas com drone, o tamanho da fila às 16h40 desta quarta (30).