Por vacina da Covid, rodoviários fazem paralisação em terminais do DF
Trabalhadores cruzaram os braços, na manhã desta terça-feira (1º/6), em Ceilândia. Outros atos estão marcados para ocorrer nesta semana
atualizado
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Rodoviários das empresas Marechal e São José cruzaram os braços, no fim da manhã desta terça-feira (1º/6), no terminal rodoviário da QNQ/QNR, em Ceilândia, em protesto pela inclusão no grupo prioritário da vacinação contra Covid-19.
Segundo o tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários, João Osório, motoristas e cobradores de ônibus avaliam fazer uma greve geral, caso sigam sem previsão de quando devem ser imunizados contra o novo coronavírus. “Acreditamos que é uma reivindicação justa. O governo vem ignorando o nosso pedido e não está vacinando os rodoviários. Isso, inclusive, pode levar a uma paralisação por tempo indeterminado. Estamos fazendo uma consulta de opinião para avaliar”, revelou.
Os trabalhadores voltaram aos postos por volta das 13h30, quando o protesto acabou. No entanto, os rodoviários planejam uma segunda paralisação à tarde, no terminal do Estádio Mané Garrincha, às 16h. Outras paradas também estão marcadas para esta quarta-feira (2/6): às 10h, no terminal do Setor O; e às 16h, no terminal Santa Helena.
“O tempo em cada local é diferente. Devemos ficar pelo menos uma hora e meia, duas horas, em cada protesto, que tem como objetivo mobilizar a categoria para que esse calendário [de vacinação] nos inclua”, reforçou João Osório.
Veja vídeo do ato nesta manhã:
O Metrópoles procurou a Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob) para saber sobre como ficarão as linhas de ônibus nesta semana, e aguardava resposta até a publicação desta reportagem.
Vacinação
O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, afirmou nessa segunda-feira (31/5), durante coletiva de imprensa, que ainda não há previsão para começar a vacinação de rodoviários e trabalhadores do sistema de transporte público no DF. A categoria não conseguiu suspender as atividades durante a pandemia e está em risco de infecção pela Covid-19.
“Nós ainda aguardamos as orientações do Ministério da Saúde. Nós obedecemos o direcionamento dessas doses de acordo com o Plano Nacional de Imunização (PNI)”, disse.