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Por falta de enfermeiro, Coren fará interdição ética em hospital do DF

Para o Conselho Regional de Enfermagem, o déficit de profissionais no Hospital Regional de Brazlândia coloca em risco pacientes e é ilegal

atualizado

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Gabriel Jabur/Agência Brasília
Hospital Regional de Brazlândia
1 de 1 Hospital Regional de Brazlândia - Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

O Hospital Regional de Brazlândia (HRBz) sofrerá uma intervenção ética pelo Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF). O motivo é a falta de enfermeiros. Segundo o Coren-DF, algumas escalas de plantão não contam nem mesmo com um desses profissionais de saúde. A ausência é ilegal e compromete a qualidade do tratamento dos pacientes, segundo a entidade.

A falta de profissionais atinge a clínica médica e cirúrgica, o berçário e a maternidade da unidade de saúde. “Nas escalas, não tem enfermeiro 24h nesses setores. Se tivesse um, estaríamos falando de subdimensionamento. Mas estamos falando que não tem nenhum”, denunciou o conselheiro regional Fernando Carlos da Silva.

Segundo o Coren-DF, a ausência de enfermeiros é uma prática ilegal do exercício da profissão. Nesse contexto, o Coren-DF fará uma interdição ética na próxima quarta-feira (18/8). Segundo o conselho, os pacientes internados no hospital continuarão a receber assistência. Mas o exercício da enfermagem estará proibido para novos pacientes.

O Coren-DF fiscaliza o déficit de pessoal na unidade desde 2014. Nos últimos 12 meses, reforçou as diligências, intensificando a cobrança de soluções. Mas não houve resposta do Governo do Distrito Federal (GDF).

“O processo de interdição ética é um processo excepcional. É o último recurso que gostaríamos de utilizar. Estamos fiscalizando outros hospitais do DF. E, sim, pode acontecer com outros hospitais, se encontrarmos essa mesma situação”, alertou Fernando Carlos.

HRG

O Coren-DF também está atento à situação do Hospital Regional do Gama (HRG). O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindiMédico-DF) denunciou a situação caótica no hospital e pediu a interdição da unidade ao Conselho Regional de Medicina (CRM-DF).

Nesta sexta-feira (13/8), o diretor da unidade, Renato de Almeida Lima, acabou exonerado do cargo. No lugar dele, assume Guilherme Augusto Guerra Avelar.

Outro lado

O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde do DF a repeito do caso. Em nota, a pasta alegou que a Superintendência de Saúde da Região Oeste, responsável pela unidade, desconhecia os problemas apontados pelo Coren-DF até o momento. Segundo o GDF, os gestores buscarão soluções com os enfermeiros.

Leia a nota na íntegra:

A Superintendência de Saúde da Região Oeste informa que, somente agora, por meio da imprensa, tomou conhecimento da suposta existência dos problemas mencionados pelo Conselho Regional de Enfermagem (Coren).

A Superintendência, em conjunto com a direção do Hospital Regional de Brazlândia (HRBraz), vai buscar fórmulas de entendimento e procurar soluções para quaisquer dos problemas apontados de forma harmônica e em perfeita sintonia com o Conselho de Enfermagem.

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