Por causa da Covid-19, GDF lança programa Virando o Jogo na Educação
Iniciativa servirá como enfrentamento de índices de evasão e reprovação dos alunos que enfrentam dificuldades com a pandemia
atualizado
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O secretário de Educação do Distrito Federal, Leandro Cruz, anunciou um novo programa da pasta, que será lançado neste ano: Virando o Jogo na Educação. A afirmação foi feita em coletiva de imprensa, no Palácio do Buriti, na manhã desta quinta-feira (28/1), data em que encerra-se o ano escolar referente a 2020 nas unidades públicas.
“É um programa para uma década, para acompanhar e resgatar cada estudante, cada conteúdo, tratar cada dano emocional ou pedagógico que teve esse estudante [com as dificuldades reforçadas pela pandemia]”, afirmou Cruz.
O objetivo é o enfrentamento de índices de evasão e reprovação. Ações voltadas para esporte, cultura e ciência. “Teremos projetos específicos para alavancar algumas iniciativas inéditas na rede” disse Tiago Cortinaz, subsecretário de Educação Básica.
Ano letivo de 2020
Em função das dificuldades do ensino remoto e a paralisação das aulas em março para combater a contaminação por Covid-19 na capital, a formatura dos estudantes só pode se concretizar no fim de janeiro. As férias terão pouco mais de um mês de duração.
As aulas na rede pública de ensino do DF começaram em 10 de fevereiro e foram interrompidas no mês seguinte. Em março, após dois dias de ponto facultativo, o recesso do meio do ano acabou antecipado e ocorreu de 16 a 31.
Em 12 de março de 2020, foi publicado o primeiro decreto com a suspensão das aulas em escolas públicas e privadas da capital do país por causa do coronavírus. Depois disso, outros decretos prorrogaram o fechamento das escolas. A retomada ocorreu em 13 de julho.
Escola em Casa DF
O GDF criou o programa Escola em Casa DF para que os professores pudessem ensinar os alunos da educação básica por celular ou computador — aqueles que não tiverem acesso à internet recebem material impresso.
A frequência passou a ser computada por meio da realização de atividades postadas no Google Sala de Aula. A plataforma, que permite interação entre professor e estudante, somou 443 mil alunos e 26 mil profissionais de educação inscritos em 2020.
Conforme a pasta, 17,5 milhões de estudantes acessaram o Google Sala de Aula desde 22 de abril de 2020 até essa quarta-feira (27/1). Além disso, outros 3,6 milhões de acessos foram feitos por professores.
A plataforma também somou 11.433.930 posts de educadores e mais 404.089 publicações de alunos no período.
Segundo Fábio de Sousa, secretário executivo da Educação, o programa Escola em Casa “foi um grande marco”. “Além de tudo, tivemos a entrega de materiais escolar nas residências. Então, nenhum estudante foi deixado para trás neste momento”, afirmou.
“Garantir que os estudantes tivessem aulas em suas residências garantiu também a saúde de muitos brasilienses”, completou.
Investimentos
No ano letivo de 2020, 106 mil estudantes e 23 mil crianças matriculadas em creches foram contemplados pelo cartão alimentação escolar. O projeto teve investimento de R$ 133 milhões.
Em relação à obras e reformas nas unidades de ensino, a secretaria informou que destinou 210,6 milhões em recursos diretos para manutenção das escolas públicas do DF no ano passado. Dessa forma, segundo a pasta, a liberação pelo Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) em 2020 foi a maior da história.